sábado, 24 de janeiro de 2015

A cada cabeça a sua sentença





A cada cabeça a sua sentença



Tenho duas irmãs e uma mãe super durona amorosa (isto mesmo, ela é durona na hora de ensinar, mas amorosa ao extremo com as suas crias) que nos guiou pela vida sempre mostrando o melhor caminho.

Devo a minha mãe muito do que sou como pessoa e principalmente a paixão pela educação (sou daquelas que ainda acreditam que a educação é o caminho para tornar uma pessoa melhor, um mundo melhor). Minha mãe pegava no nosso pé para que estudássemos, nos acompanhava nas reuniões escolares, acompanhava nosso desempenho e nos falava do valor que a educação possui.

Mesmo não possuindo uma escolaridade superior devido ao trabalho duro que enfrentava para nos criar, ela não dava moleza com a nossa educação. Uma das coisas que ela também não permitia era que nós nos envolvêssemos com namorados na escola, pois isto iria nos atrapalhar nos estudos.

Ela dizia que se a gente arrumasse namorado na escola, ela iria até lá e nos daria uma surra na frente de todos os colegas de classe.

Minhas irmãs e eu nunca arrumamos namorados na escola até minha mãe permitir o namoro em casa, não que não aparecesse uns pretendentes, mas porque tínhamos a certeza absoluta de que se fizéssemos isso, a surra estava garantida. E ninguém queria pagar este mico na escola!

Isto pode parecer uma coisa boba, mas para nós fez toda a diferença. Cumprimos as regras impostas pela nossa mãe e tivemos um futuro bem mais tranquilo. Cursamos faculdade, nos envolvemos no momento certo, não tivemos filhos antes dos quinze...

Como todos nós sabemos, há alguns dias um brasileiro foi condenado à morte na Indonésia por tráfico de drogas e isto gerou uma série de discussões nas redes sociais. As opiniões se dividiam entre os que eram a favor e contra a pena de morte, então quero aqui publicamente expressar a minha opinião.

Eu sou a favor da pena de morte para todos aqueles que assumirem o risco de enfrenta-la!

Expressei também minha opinião no meu perfil do facebook e fui questionada sobre qual seria a minha opinião se no lugar de Marco Archer (o traficante que morreu por infringir as leis da Indonésia) estivesse um parente próximo meu, e aqui vai a minha resposta:

Mesmo que fosse um parente muito próximo, obviamente que eu iria sofrer, visto os laços que me ligariam ao mesmo, mas manteria a minha convicção de que as pessoas devem sempre pagar pelo que cometem, independente de qualquer coisa.

Se o mala do Marco Archer tivesse conseguido a liberdade, estaria contando vitória sobre o erro que cometeu. E com toda certeza, não hesitaria em cometer o mesmo erro na primeira oportunidade que tivesse, porque estaria fortemente amparado pela certeza da impunidade.

Ele iria traficar e o seu erro refletiria na vida de milhares de pessoas que têm as suas vidas destruídas pelo vício da droga e consequentemente da violência.

Gente, regras existem porque precisamos delas para sobreviver da melhor forma!

A Indonésia tem suas leis (regras) e não é porque o “bichinho” é um brasileiro (terra de gente sem lei) que ele tem que estar acima do bem e do mal. Ele sabia do risco e assumiu, então nada mais justo do que arcar com as consequências, como o fez (mesmo sem querer).

A morte é sim o único remédio para alguns males que assolam a nossa sociedade. Porque não venham me dizer que um cara que estupra e mata uma criança indefesa é digno de pena e “segunda chance”, porque NÃO É!

Defendo a pena de morte para alguns crimes e também defendo o direito de cada país manter suas próprias regras valendo, independente da nacionalidade do infrator, visto que ao entrar naquele país o mesmo deve ter consciência de que deverá cumprir com as regras do lugar.

Luciene Linhares

24 de Janeiro de 2015