A
cada cabeça a sua sentença
Tenho
duas irmãs e uma mãe super durona amorosa (isto mesmo, ela é durona na hora de
ensinar, mas amorosa ao extremo com as suas crias) que nos guiou pela vida
sempre mostrando o melhor caminho.
Devo
a minha mãe muito do que sou como pessoa e principalmente a paixão pela
educação (sou daquelas que ainda acreditam que a educação é o caminho para
tornar uma pessoa melhor, um mundo melhor). Minha mãe pegava no nosso pé para
que estudássemos, nos acompanhava nas reuniões escolares, acompanhava nosso
desempenho e nos falava do valor que a educação possui.
Mesmo
não possuindo uma escolaridade superior devido ao trabalho duro que enfrentava
para nos criar, ela não dava moleza com a nossa educação. Uma das coisas que
ela também não permitia era que nós nos envolvêssemos com namorados na escola,
pois isto iria nos atrapalhar nos estudos.
Ela
dizia que se a gente arrumasse namorado na escola, ela iria até lá e nos daria
uma surra na frente de todos os colegas de classe.
Minhas
irmãs e eu nunca arrumamos namorados na escola até minha mãe permitir o namoro
em casa, não que não aparecesse uns pretendentes, mas porque tínhamos a certeza
absoluta de que se fizéssemos isso, a surra estava garantida. E ninguém queria
pagar este mico na escola!
Isto
pode parecer uma coisa boba, mas para nós fez toda a diferença. Cumprimos as regras
impostas pela nossa mãe e tivemos um futuro bem mais tranquilo. Cursamos faculdade,
nos envolvemos no momento certo, não tivemos filhos antes dos quinze...
Como
todos nós sabemos, há alguns dias um brasileiro foi condenado à morte na
Indonésia por tráfico de drogas e isto gerou uma série de discussões nas redes
sociais. As opiniões se dividiam entre os que eram a favor e contra a pena de
morte, então quero aqui publicamente expressar a minha opinião.
Eu
sou a favor da pena de morte para todos aqueles que assumirem o risco de
enfrenta-la!
Expressei
também minha opinião no meu perfil do facebook e fui questionada sobre qual
seria a minha opinião se no lugar de Marco Archer (o traficante que morreu por
infringir as leis da Indonésia) estivesse um parente próximo meu, e aqui vai a
minha resposta:
Mesmo
que fosse um parente muito próximo, obviamente que eu iria sofrer, visto os
laços que me ligariam ao mesmo, mas manteria a minha convicção de que as
pessoas devem sempre pagar pelo que cometem, independente de qualquer coisa.
Se
o mala do Marco Archer tivesse conseguido a liberdade, estaria contando vitória
sobre o erro que cometeu. E com toda certeza, não hesitaria em cometer o mesmo
erro na primeira oportunidade que tivesse, porque estaria fortemente amparado
pela certeza da impunidade.
Ele
iria traficar e o seu erro refletiria na vida de milhares de pessoas que têm as
suas vidas destruídas pelo vício da droga e consequentemente da violência.
Gente,
regras existem porque precisamos delas para sobreviver da melhor forma!
A
Indonésia tem suas leis (regras) e não é porque o “bichinho” é um brasileiro
(terra de gente sem lei) que ele tem que estar acima do bem e do mal. Ele sabia
do risco e assumiu, então nada mais justo do que arcar com as consequências,
como o fez (mesmo sem querer).
A
morte é sim o único remédio para alguns males que assolam a nossa sociedade.
Porque não venham me dizer que um cara que estupra e mata uma criança indefesa
é digno de pena e “segunda chance”, porque NÃO É!
Defendo
a pena de morte para alguns crimes e também defendo o direito de cada país
manter suas próprias regras valendo, independente da nacionalidade do infrator,
visto que ao entrar naquele país o mesmo deve ter consciência de que deverá
cumprir com as regras do lugar.
Luciene
Linhares
24
de Janeiro de 2015