terça-feira, 22 de janeiro de 2019

O DIA EM QUE ME PERDOEI




O DIA EM QUE ME PERDOEI

Uma das coisas mais difíceis pra mim é pregar o que não acredito, falar o que não sinto, mentir para convencer...
Eu tenho imensa dificuldade em perdoar!
E por mais que eu tenha trabalhado minha mente quanto a isto, percebo que ainda tenho muita dificuldade, MESMO, para perdoar. Quando alguém me magoa ou faz algo comigo, eu fico remoendo a situação sobre vários ângulos. Guardo aquele rancor por dias, meses e em alguns casos, por anos a fio...
Eu não me orgulho disso nem um pouco!
Depois eu evito todo e qualquer contato com a pessoa, para não dar a chance dela me magoar novamente. Quando a vejo em algum lugar, sinto até um mal estar e procuro o mais rápido possível, sair do ambiente no qual a mesma está.
Então, eu percebi que a falta de perdão se estendia a minha própria pessoa! Percebi que carrego mágoas e rancores por ter feito coisas das quais me trouxeram sérias consequências. E também não me perdoou por não ter feito coisas que fariam toda a diferença em minha vida num determinado momento
A falta de perdão é uma ferida aberta que sangra ao toque da lembrança.
Quando alguém nos magoa, temos a oportunidade de evitar o contato com a pessoa que nos feriu. Mas, o que fazer quando somos essa pessoa para nós mesmos?  Como conviver com os erros que cometemos ao longo da vida e que se tornam feridas mal curadas?
Uma pessoa que segue o blogue entrou em contato com esses questionamentos. Ela falou que tinha cometido um erro, tinha corrigido, mas mesmo assim estava infeliz porque não conseguia se perdoar. Não conseguia esquecer o seu próprio erro e isso estava destruindo a vida dela.
Eu fiquei alguns dias pensando na pessoa e no que ela estava sentindo...
Sou grata por ela enxergar em mim, alguém que poderia trazer um conforto para uma hora triste, então, estou aqui! Me esforçando ao máximo para poder ajuda-la. E ao tentar fazer isso, eu percebi que também não me perdoei por tantas coisas, então não proponho a minha amiga, um compromisso!
Que possamos trabalhar esses sentimentos que não nos fazem bem. Que possamos com o tempo enxergar em cada erro, o “acerto” daquele momento, pois era o que tínhamos a oferecer naquele momento. Somos um conjunto de erros e acertos, não devemos deixar que os nossos erros apaguem as nossas virtudes e muito menos a nossa felicidade.
Não posso dizer para ela fazer o que eu não consigo fazer, que é esquecer. Porque os erros fazem parte de nós, do “nós” que ainda não estava preparado para fazer o certo. Mas, esse “nós” se modifica a todo instante e isso é uma dádiva de Deus, pois temos a oportunidade de corrigir e não repetir os erros. Temos a oportunidade de erguer a cabeça para olhar no espelho e enxergar não um “ser culpado”, mas uma pessoa em construção. Uma pessoa com valor imensurável e da qual nos orgulhamos em ser. Porque só nós, sabemos as dores que já suportamos e os caminhos que percorremos para estar aqui e agora.
O erro não nos define. A nossa capacidade de enxergar as nossas virtudes, sim.
Quando as lembranças fizer seu coração sangrar, afaste este pensamento ruim com todas as suas forças e pense em tudo que ainda poderá modificar, viver, sonhar, amar...
O perdão vem através do entendimento de que precisávamos passar por aquela determinada situação para desenvolver em nós, habilidades que não possuíamos. Para que mesmo através de golpes dolorosos, nossos corações pudessem ser transformados em amor, empatia, sabedoria e perdão.
Se olharmos bem direitinho, veremos que até o pior dos nossos erros nos trouxe ensinamentos preciosos e que por causa deles, HOJE somos seres MELHORES que ontem. E nessa eterna construção e desconstrução do ser, nos fortalecemos e seguimos na jornada.

Luciene Linhares
22 de Janeiro de 2019

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

PERECER PARA VIVER




PERECER PARA VIVER

Bem, acho que já falei demais de términos, né?
Então, que tal falarmos agora sobre começos, ou recomeços?
Entre mil e uma coisas, passei por acaso no Facebook de uma amiga, e pelo que ela havia postado percebi que ela estava sofrendo por amor ou desamor... (Aquele velho ditado se modificou para: ”Diz-me o que tu posta e eu te direi o que está sentido”. Brincadeira, gente! Às vezes a gente só posta algo porque tá afim e acabou!), mas o que ela dizia se resumia em não morrer de amor.
Aí eu fiquei pensando na frase dela e no que o amor de fato representava para nós como sentimento. Tá eu assumo que sou romântica pra cacete! E isso me ferra quase sempre, “quase”, porque enquanto há vida, há esperança e quem sabe o amor não me desaponta mais.
Por outro lado, não é o amor que nos ferra, mas as nossas expectativas X a hipocrisia e mau caráter das pessoas com quem nos envolvemos. Não dá pra se redimir da responsabilidade de um coração partido, porque se analisarmos bem direitinho, veremos que NÓS permitimos a entrada da pessoa em nossas vidas. E pra piorar,  muitas vezes fazemos um esforço descomunal para não enxergar os pequenos sinais de que a pessoa não é o amor da sua vida, mas a pessoa que pouco a pouco vai tirar a vida do seu amor.
E foi mais ou menos isso que tentei explicar para a minha amiga...
Falei pra ela que a gente não morre de amor, que amor não mata ninguém, ao contrário, o amor morre aos poucos dentro da gente e isso obviamente, traz sofrimento e angústia. Mas, o amor é um grão de trigo e como tal, ele precisa perecer para renascer forte e frutífero.
Amiga, pega o teu grão de amor e no momento que achar oportuno, coloca em outro solo e espera, no momento certo, ele renascerá e trará frutos de alegrias e doces sorrisos para você!
E se por acaso errar ao lançar sua semente de amor e ela cair num terreno pedregoso e infértil, não se deixe abater! Pegue novamente a sua semente e lance em outro lugar! Uma hora, ela florescerá. O importante é não parar de semear amor, porque o ódio já nasce, cresce e se espalha com a ajuda de pessoas que deixaram de acreditar na semente do amor.
Eu jurei que não ia falar de términos nesse texto, mas como falar da magia dos recomeços sem a sombra dos términos? Então, me perdoe pelo deslize, gente! Eu me esforcei!
Mas, não deixem de lançar suas sementes! Que muitos amores brotem no coração de cada um de vocês!
Luciene Linhares
07 de Janeiro de 2019

sábado, 12 de janeiro de 2019

EU QUERO MORRER DE AMOR




EU QUERO MORRER DE AMOR
Essa frase pode até parece bonitinha e romântica, mas ela não tem nada disso! Primeiro que ao decidir morrer de amor, você deixa de viver, para você e para a as demais pessoas que estão ao seu redor.
Quando você se permite morrer de amor por alguém, automaticamente você deixa de viver para o que realmente importa: Você!
E essa forma doentia de sentimento exacerbado, tende a levar as pessoas a caminhos sombrios e muitas vezes sem volta.
A pessoa fica cega e porque não dizer, burra! Porque vai de encontro aos seus instintos, aos conselhos de pessoas queridas e a própria realidade vivenciada. E por mais que o objeto de sua obsessão a faça mal, ela sempre vai encontrar uma justificativa para o erro da pessoa.
Essa semana em uma entrevista de emprego ao qual participei, tive a triste oportunidade de ouvir a história de uma mulher que literalmente morreu de amor. A moça que estava ao meu lado, contou-me com riqueza de detalhes como havia perdido a irmã para um “amor”.
Ela tinha apenas 35 anos, cinco filhos, um divórcio e muitas dificuldades financeiras, quando conheceu o que ela considerava “o amor de sua vida”, aquele que fazia dela a mulher mais feliz do mundo. Ele possuía uma característica comum a todos os cafajestes, “o dom de manipulação através de carinho, atenção e muita lábia”.
No inicio tudo foi maravilhoso, ela estava radiante! Até que sua irmã percebeu em seu braço uma mancha roxa estranha. E quando a questionou, ela falou que tinha caído quando tentava ajudar seu amor na carvoaria.
Na semana seguinte ela apareceu com arranhões e mais manchas roxas nas pernas e braços. A irmã começou a desconfiar do que estava acontecendo e novamente a questionou sobre os machucados e novamente ela mentiu dizendo que tinha caído num barranco quando vinha de moto da carvoaria.
Cinco dias depois, ela apareceu com uma mancha roxa na bochecha, e quando questionada, deu as mesmas desculpas esfarrapadas. A irmã não se deu por satisfeita, então aproveitou o horário em que ela estaria no trabalho e foi até a sua casa para tentar descobrir com os filhos dela o que realmente estava acontecendo.
Ao questionar a sobrinha, a menina mais de dezesseis anos falou tudo o que vinham passando. Disse que o “amor” da vida de sua mãe, a espancava juntamente com seus cinco filhos. Falou também que o conselho tutelar já tinha ido duas vezes na residência, mas que o agressor ameaça a todos de morte, caso falassem a verdade. Então, as crianças mentiam e tudo seguia como estava.
A mulher ao ouvir tudo aquilo ficou horrorizada e foi falar com a irmã. Dessa vez ela não tinha como mentir, pois os seus filhos haviam contado toda a verdade. Ela e seus filhos estavam sendo agredidos e ameaçados diariamente pelo canalha que ela considerava o “amor de sua vida”.
A mulher agredida começou a chorar e confessou que tudo havia começado com um simples empurrão, que ele era muito nervoso, porque trabalhava demais na carvoaria. Mas, que ela o amava demais para deixa-lo, mas que ele iria mudar. E que na verdade, a culpa por ele perder a paciência e agredi-la, era dela, pois ele era muito “bonito” e ela tinha muito ciúme, e reconhecia que o pressionava demais e que por isso ele a batia e as crianças apanhavam porque tentavam defende-la das agressões.
A mulher não acreditava no que estava ouvindo! Não conseguia acreditar como uma pessoa agredida, podia defender seu agressor. Justificando o comportamento dele pelo amor que sentia. Isso não era amor! Era doença e como tal, iria mata-la!
As duas mulheres discutiram e romperam a relação nesse dia. A irmã que era agredida, disse que não queria que ninguém se metesse em sua vida e que a partir daquele momento iria viver a sua vida e não queria ser interrompida. Mas, quinze dias depois, a vida dela foi interrompida por várias pauladas em sua própria casa. O seu “amor”, mandou seus filhos brincarem na casa da vizinha a pauladas, covardemente a matou.
A tarde chegou ao fim e as crianças retornaram para casa, encontrando sua mãe morta e desfigurada pelas pancadas.
A mulher que queria morrer de amor teve seus sonhos transformados em pesadelos. E o pior de tudo é que ela não conseguiu acordar a tempo para ver a diferença entre amor e doença.
O que a matou, não foi o amor, pois amor é vida, alegria e benção! O que a matou foi uma doença que acomete muitas mulheres e também homens, que se deixam subjugar pelos caprichos do outro. Baixa autoestima e a falsa sensação de que nunca encontrará alguém “tão especial quanto”, levam muitas pessoas a loucura da obsessão.
Amor é liberdade de querer estar junto. É não possuir e mesmo assim, ter o amor do outro. Posse ficou para objetos, não para pessoas. Pessoas não se doam, compartilham o que possuem de melhor com quem merece ter o seu melhor.
Se você está lendo isso agora e em algum momento se identificou com o que Socorro (a moça que foi assassinada) vivenciou, pule fora! Acorde, amiga! Não é só um empurrão! Não morra de amores por quem pode de fato tirar a sua vida!
Luciene Linhares
12 de Janeiro de 2019

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

COISAS QUE NINGUÉM TE FALA SOBRE DIVÓRCIO





COISAS QUE NINGUÉM TE FALA SOBRE DIVÓRCIO

Ninguém poderá definir a hora certa para você sair de um relacionamento, além de você mesma! Então, caras amigas, parentes e vizinhos fofoqueiros, parem de se meter onde não devem!
Quando finalmente este momento chegar, você terá medo! Muito medo mesmo! Medo de não conseguir manter a casa. Medo de seus filhos não entenderem sua decisão. Medo até da solidão. Só não terá medo de deixar a pessoa, porque terá a certeza de que, aconteça o que acontecer, você não quer continuar com vivendo como está. E esta é a certeza que te faltava para pular no abismo que muitos conhecem como desconhecido, porém esquecem que nascemos com asas e podemos sempre voar para outros lugares, outras paisagens...
Pessoas que você gostava, confiava e considerava se afastarão de você. Os motivos serão os mais variados, entre eles a falsidade! Pois, muitos eram amigos do que você podia proporcionar financeiramente, como passeios, presentes e etc...
Pessoas se afastarão de você porque tomará partido a favor do seu “ex”. Por mais ridículo que possa parecer, isto acontece de verdade! As pessoas tornam o rompimento de uma relação a dois, em uma disputa ridícula onde se dividem para apoiar e consequentemente atacar um dos lados. E quando menos você espera, seu divórcio ou rompimento de relação, tá mais pra disputa de gangue, onde um não pode circular pelo território do outro, sem que haja pelo menos troca de farpas.
O lado “bom” (ênfase nesse bom, foi sarcasmo puro) disso tudo, é que você receberá visitas de parentes distantes (literal e subjetivamente) que surgirão do nada para:
 Primeiro: saber os detalhes do rompimento.
Segundo: dar aquela “boa e velha” opinião que você não pediu e sequer quer ouvir. E não se preocupe amiga! Você ouvirá pérolas como: “Ele era uma pessoa tão boa”, “Você não deveria deixar uma pessoa como ele” “Ele PAGAVA tudo pra você” “Agora que fez essa loucura de deixar o seu relacionamento, dê um tempo e não arrume ninguém pelos próximos dois anos, pois isso é muito feio”.
Esse conselho/ordem é o meu favorito! “Agora que fez essa loucura de deixar o seu relacionamento, dê um tempo e não arrume ninguém pelos próximos dois anos, pois isso é muito feio”. Gente, pelo amor de Deus! Vamos ter um pouco de noção/vergonha na cara! Como é que as pessoas ocupam seu tempo para se deslocar de suas casas para única e exclusivamente, vir se meter na vida dos outros?
O mais engraçado é que estes conselhos fabulosos sempre vem de pessoas cuja vida é uma merda total, mas elas se acham no direito de vir opinar na vida alheia pelo simples fato de ser “parente” ou “amigo”.
Todas essas pessoas que de alguma forma entram na sua vida para opinar e criticar, jamais chegarão para saber como você realmente está ou se está precisando de alguma coisa. Então, não há laço que impeça você de ligar o botão do FODA-SE no modo: a todo vapor!
Laço de sangue não torna ninguém próximo, o RESPEITO, o AMOR e a EMPATIA fazem de um desconhecido um laço que te sustenta nas horas em que você precisa. Então, não se culpe por seus parentes não saberem estabelecer laços e tentarem fazer de sua vida, um nó cego.
Gente do céu... Eu ia esquecendo de outro detalhe “MARAVIGOLD” que o divórcio traz! Pra você que não tem grana pra instalar um sistema de segurança avançado com câmeras, o rompimento de uma relação inclui esse pacote gratuitamente através do “VIZINHOSFOFOQUEIROS.COM” a galera da vizinhança corre o risco até de desidratar, porque não terão tempo nem para beber água, pois passaram a viver em função de olhar quem entra e quem sai de sua casa. Sem falar que a segurança é tão ostensiva, que até você mesma será abordada ao entrar ou sair de seu lar, afinal, eles querem ter a certeza de que você está “bem” e para isso farão um monte de perguntas que não merecem resposta.
Tem a última e não menos importante!
Muitos BABACAS, IMBECÍS E SEM NOÇÃO irão dar em cima de você ao saber que você está divorciada. A mentalidade deste tipo de pessoa é tão grosseira e sem sentido, que eles imaginam que ao se divorciar ou sair de um relacionamento, a mulher fica com uma placa em neon dizendo: “Estou disponível para todos que me quiserem”. Isso é o cúmulo do machismo! Então, sem pena, ligue o BOTÃO DO FODA-SE e coloque estes babacas no lugar deles. Esse assédio virá de várias formas, entre elas: os “elogios disfarçados de segunda intenção”. Exiga respeito sempre! Não é porque você não está num relacionamento que você virou lixo na calçada, onde qualquer um chega e leva.
Somos Diamantes feitos pela graça de Deus, e lapidados pela nossa própria experiência de vida, brilhe como Deus te viu brilhar, antes mesmo de nascer. Você é tudo aquilo que luta para ser.

Luciene Linhares
06 de Janeiro de 2019

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

CUIDE DO SEU AMOR, SEJA COMO FOR




CUIDE DO SEU AMOR, SEJA COMO FOR

A forma mais fácil de perder alguém é acreditar que a possui.
Quando você acredita que “possui” aquela pessoa, você passa a deixa-la de lado, porque afinal você não precisa se esforçar nem um pouquinho para conquistar o que já é “seu”, não é mesmo?
Porque você gastaria seu precioso tempo com a “sua” pessoa, podendo usar ele para tantas outras coisas que você gosta de fazer, ou mesmo para adquirir novas pessoas e/ou coisas que você ainda não possui?!
A frase mais tola que podemos dizer para alguém é: “Você é minha” ou “Você é meu”, porque no momento que você falar isto para a “sua” pessoa, ela deixará de ser sua, aliás, ela nunca foi sua ou seu. Apenas escolheu estar ao seu lado para partilhar momentos, sejam eles bons ou ruins.
Momentos bons como o tão famoso “Dolce far niente” (a doçura de não fazer nada)! E se “Dolce far niente” for dentro de uma rede onde o maior esforço que se faz é trocar carinhos, beijinhos e o famoso lugar de conchinha, onde a concha maior troca de lugar com a concha menor sempre que se cansa de ficar na mesma posição, o tempo escolhido será sempre o perfeito.
E momentos ruins, em que tudo que viveram começa a sumir, desaparecer, se perder no tempo e no espaço que fica entre as muitas brigas e desilusões. Momentos em que a posse, o achar que possui o outro faz com que se deixe de lado a conquista. Amor exige cuidado diário, por isso poucos são os que conseguem mantê-lo vivo por muito tempo.
Mais uma vez, o tempo... O tempo é responsável por abrir e também por curar feridas, use-o com cuidado! Não seja a pessoa que vai usar o tempo para abrir feridas, mas o que o usará com sabedoria para curar as mais profundas sem ao menos deixar cicatrizes antigas.
Amar realmente tem algo de insano, porque você se pega pensando em como chegou até o lugar onde está agora! E quando você pensa em regressar, a pessoa vem e te lembra daquela velha historinha do casal no barco, onde só a vontade de permanecer junto e o trabalho em equipe é que possibilitará o percurso da jornada.
“No momento não tem vento pra soprar nossa vela. Pode se queixar, pode reclamar, pode brigar, pode até não gostar, mas se realmente me amar, é bom pegar seu remo, se sentar ao meu lado e remar na direção que traçamos juntos. Você rema de um lado e eu do outro, ok?”
O que vocês fariam com um convite desses?
Remariam rumo ao desconhecido?
Ou sairiam do barco e voltariam para a terra firme já tão conhecida?

Luciene Linhares
07 de Janeiro de 2019




“A forma mais fácil de perder alguém é acreditar que a possui.”
Luciene Linhares
07 de Janeiro de 2019

domingo, 6 de janeiro de 2019

Etapas do divórcio – Parte 2



Etapas do divórcio – Parte 2

Vamos dar continuidade ao processo que ocorre com a maioria das pessoas que se divorciam, ou simplesmente saem de um relacionamento...
(Lembrando que cada caso é um caso, que cada pessoa é um mundo e que há um bilhão de possibilidades e formas de agir e reagir num término, mas por experiência própria e ao conversar com várias mulheres que passaram por um rompimento de relacionamento, pude enxergar essas etapas na maioria dos términos. Muitas mulheres optaram por não acabar o que estava acabado e vagam pela sociedade como sombras. Vivenciando uma felicidade forjada para fotos de perfis em redes sociais. O que as fizeram permanecer? Vários fatores, entre eles o medo de enfrentar o desconhecido e principalmente o medo de perder a comodidade financeira que uma “união” pode oferecer).
Quinta etapa: Quando finalmente você enxerga que não tem culpa alguma pelo amor do outro ter acabado e por ele não ser digno o suficiente para dizer isso de forma direta e simples, pondo um fim no relacionamento e não na sua autoestima, você começa a se enxergar e começa a ver o quanto você é preciosa e cheia de virtudes.
E nesse momento, todas as coisas que te machucavam deixam pouco a pouco de existir, porque você percebe que não precisa da atenção e do amor de quem não te ama para ser feliz. Você não só valoriza o seu corpo e sentimentos, você começa a valorizar o seu tempo! E começa a usar o seu tempo não para tentar agradar ou descobrir o que há de errado, mas para ser feliz.
E a partir daí, coisas incríveis começam a acontecer em sua vida!
Porque você volta a se pertencer! E não há nada mais prazeroso do que ser senhora de si! Senhora de seus pensamentos, sentimentos e decisões.
Mas, neste momento mágico de descoberta e restabelecimento do seu do amor próprio, você passará por provas muito difíceis. Porque sair de um relacionamento não é algo fácil! Sair de um relacionamento com filhos (ainda mais se forem de menor) é difícil!
Agora imagine sair de um relacionamento com filhos de menor e sem autonomia financeira?
É algo parecido com a batalha que John Snow travou em Game of Thrones, para recuperar o Norte! Ou seja, você terá duas opções: (Lutar com todas as forças, criatividade e fé para ter independência financeira(SEU NORTE)) ou ficar no limbo do comodismo (dependente de pensão/humilhação/privação).
A hora da verdade chega nesse momento: Quando você analisa o que vai perder e o que vai ganhar saindo de um relacionamento FALIDO EMOCIONALMENTE! Não nos cabe julgar, mas há muitas mulheres e também homens, que preferem manter-se num relacionamento falido emocionalmente, para manter os bens em segurança. E assim, mesmo enxergando tudo que citei acima, a pessoa prefere continuar no lugar de sempre... O cantinho da tristeza que veste PRADA.
E tentam preencher seus vazios com jóias, roupas, viagens, carros...
Tiram cada vez mais fotos com sorrisos forçados, talvez numa tentativa desesperada de provar não só para os outros, mas também para si mesma que fez a escolha certa e que está “feliz”. As vezes não precisa nem esperar a solidão da noite para fazer uma reflexão do quanto se é infeliz, pois no momento que o cartão é passado na maquineta e a compra aprovada, você já sabe o preço real daquele objeto, ele está custando a oportunidade de ser feliz de verdade. A oportunidade de se pertencer. A oportunidade de viver sem depender. Quanto ele vale isto pra você?
Por outro lado...
Quem opta por pagar o preço da liberdade, sabe que terá que vencer batalhas diariamente, porque não é fácil abrir mão de um conforto que você estava acostumada a ter, mas olhar para seus filhos e saber que a sua opção trouxe consequências financeiras para eles e que eles estão sendo privados de coisas que possuíam quando você estava presa no relacionamento, traz uma dor difícil de suportar. Como mãe, nos culpamos por tudo, sempre...
Esse será um dos desafios a serem superados, porque você terá que ter fé, coragem e força para batalhar e mudar a situação financeira em que passaram a viver após o rompimento. Terá também que ter muita sensibilidade para conversar com seus filhos, fazendo-os enxergar que o dinheiro não é tudo e que o melhor patrimônio que podemos ter ou deixar para alguém é a nossa honestidade e exemplo de dignidade. Para que eles possam aprender a diferenciar: Valor de Custo.
Muitas mulheres, assim como eu mesma! Deixaram sua vida profissional para se dedicar a criação dos filhos, para poder acompanhar o crescimento deles e com isso o tempo vai passando e nossas oportunidades no mercado de trabalho vão ficando cada vez mais complicadas. Acredito que como eu, quem fez essa escolha, não se arrependeu, pois vivenciou da forma que desejava a maternidade, claro que isso não é uma obrigação para todas as mulheres. Cada pessoa deve vivenciar o que deseja e da sua forma, sem julgamentos. Não há certo ou errado em fazer as suas próprias escolhas.
As escolhas trazem suas respectivas consequências, obviamente! E para nós que não priorizamos a carreira, temos que nos reinventar e buscar com todas as nossas forças alternativas para sobreviver. Há uma infinidade de cursos online para que possamos estudar e nos capacitar. Há também vagas de concursos públicos que podem e devem ser buscados. O mercado de trabalho está difícil para todos, mas não é impossível.
Cabe a cada um buscar meios para mudar o que está vivendo e começar uma nova etapa. Sair da zona de conforto exige mais do que coragem, exige fé! Você será testado, se revista de gratidão pelo que possui, pois o mais importante você pegou de volta, a parte que te faltava, a sua liberdade de ser quem é.
Luciene Linhares
06 de Janeiro de 2019

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

ETAPAS DO DIVÓRCIO OU DESAMOR (COMO PREFERIR)


ETAPAS DO DIVÓRCIO OU DESAMOR (COMO PREFERIR)

No texto anterior eu falei como o amor morre diante de nossos olhos, sem que possamos fazer nada para tentar salvar, pois amor é uma mão de via dupla e obrigatoriamente faz-se necessário que as pessoas envolvidas queiram manter o amor vivo.
Segue agora algumas etapas do desmoronamento de um relacionamento:
Primeira etapa: enxergar o processo do “desamor”, é quando percebemos que aquele sentimento tão belo e ardente que nos fazia feliz, se tornou morno, distante e vazio.
Segunda etapa: tentamos nos aproximar do nosso amor, questionamos sobre o que está acontecendo e porque as coisas mudaram tanto. Questionamos a frieza, o descaso, as horas a mais no celular e a menos na cama. Questionamos os sigilos e senhas em todos os aparelhos eletrônicos e como resposta padrão ouvimos: “Você está louca! Fica imaginando coisas e me sufocando com seu ciúme doentio.”
Terceira etapa: depois de questionar com a pessoa sobre os motivos de tanta frieza, entramos na neura da busca/CULPA! A principio buscamos enlouquecidamente saber o motivo de tanta frieza e descaso recebido pela pessoa que amamos. Ficamos dias, meses e até anos, tentando enxergar onde erramos com o nosso amor. E essa busca insana segue em “quase” todas as direções. Buscamos culpa em nosso comportamento, ao deixar o parceiro de lado para cuidar dos filhos, da carreira, dos estudos ou dos afazeres domésticos. Depois, analisamos nossos próprios corpos em frente ao espelho e questionamos se a falta de atenção e amor é devido as mudanças que o tempo e os filhos deixaram. Nos diminuímos para tentar caber no mundo do outro e isso só faz piorar a situação, porque neste momento você de fato perde o amor da sua vida, O SEU AMOR PRÓPRIO!
Mas, calma!
Não é o fim!
Pelo menos não é o fim do seu AMOR PRÓPRIO!
Quarta etapa: depois de se culpar até pelo ataque as torres gêmeas no onze de setembro, tentando achar o erro para o desamor do seu amor, você vai se sentir o pior ser humano da face da terra.
Eu sei que vai se sentir assim...
Porque você não vai conseguir encontrar em você o erro e consequentemente, acerto ou fórmula mágica para trazer o encanto do amor de volta. E isso vai te deixar muito mal...
Será meio que sua fase de luto! Você vai ficar triste por ver que não há erros, mas no final de toda esta busca, será libertador!
Acredite!
Você vai finalmente enxergar que não errou!
E que a culpa não é sua pelo babaca que está ao seu lado não conseguir enxergar a mulher fabulosa que você é. Vai também perceber que não tem culpa de além dele ser um babaca, um fraco, um covarde, um completo idiota incapaz de te dizer que “ACABOU O QUE SENTIA POR VOCÊ” no momento que você o questionou inicialmente.
Ele poderia ter impedido toda a sua busca por culpas e culpados, sendo apenas honesto com ambos e pondo um ponto final no que já havia acabado, mas ele preferiu te deixar vagar pelas sombras das dúvidas e solidão acompanhada.
Ps.: Pra o texto não ficar muito longo, postarei as outras etapas do processo de divórcio em outra oportunidade.
Luciene Linhares
01 de Janeiro de 2019