quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Inté que assim é bom


Inté que assim é bom

Engraçado como uma coisa puxa a outra, já dizia a minha avó! Saltitando pelas fofocas, intrigas, tristezas e imbecilidades que só o facebook tem, eu encontrei uma página interessante: “Coisa Velha”, nela o proprietário posta fotos de coisas antigas. A página é um sucesso, afinal não é todo dia que temos o prazer de ver, lembrar e consequentemente reviver as alegrias de nossa infância.
Eu já me peguei inúmeras vezes a bordo de uma viagem no tempo com as postagens, aterrissando sorrindo pela alegria revivida. Hoje eu vi uma foto dos velhos papéis de carta que nos fazia vibrar a cada nova aquisição. Eu tenho minha coleção de papéis de carta até hoje, guardado a sete chaves para poupá-los de minhas filhas pequenas!
Na página também havia uma foto do velho e bom caderno de enquetes, quem tem mais de trinta anos sabe bem do que estou falando, o caderninho de enquete era o investigador da vida alheia mais divertido e eficaz. Quem sabe ele não é avô fofoqueiro do facebook de hoje! Em cada folha, uma pergunta indiscretamente boba (não havia tanta malícia como há hoje), com espaços devidamente numerados para cada resposta. O divertimento e a curiosidade alimentavam a expectativa toda vez que pedíamos para uma amiga responder o querido caderninho, como se ali fossemos encontrar todo o segredo do universo... daquela pessoa. Isto sem falar que, ele era a chave do sucesso para descobrir se o “nosso amor verdadeiro para todo o sempre” sentia o mesmo por nós. Entregávamos o caderninho para o paquerinha, esperando ali uma linda declaração de amor embutida nas respostas, e cada resposta se tornava uma xarada vista e revista com a melhor amiga em busca de novas pistas de sentimentos.
Bons tempos... Arremato com saudosismo pegando emprestado do grande Rei Luiz Gonzaga e digo...
“Se agente lembra só por lembra, do amor que agente um dia perdeu, saudade inté que assim é bom pro cabra se convencer que é feliz sem saber, pois não sofreu.”

Conversa de Passarinho
31 de Outubro de 2012
 

domingo, 21 de outubro de 2012

Os presentes que a vida nos dá




 

Os presentes que a vida nos dá

Você já conheceu alguém que tem a mania de sofrer por antecipação? Que só de pensar em algo já mentaliza tão verdadeiramente que é capaz de sentir fisicamente? Pois, bem... Muito prazer! Eu sou bem assim! É, eu sei que isto é bem ruim, um defeito não incorrigível, porque não acredito nisto, tudo tem correção, tudo muda o tempo todo.
Ser pessimista atrapalha muito a vida, porque te impede de prosseguir em algo porque você não acredita que vai conseguir, e de certa forma você fica  buscando empecilhos que muitas vezes só existem em sua própria cabecinha bagunçada, outras vezes eles até existem, mas são contornáveis.
Como toda adolescente que se preze eu tinha minha fiel escudeira, aquela amiga, na verdade “a melhor amiga”, que para a felicidade de todos, em especial a minha, ainda hoje é minha “best friend”!  Ela sempre me corrigia nesses lapsos de pessimismo e brincava comigo dizendo que a vida era tão bacana comigo que sempre me presenteava com o melhor, mesmo eu não acreditando nisto. E eu respondia para ela: ”Vai ver eu sou o tipo de pessoa que gosta de surpresas boas da vida!”
Realmente ela tinha razão, a vida me presenteia diariamente com o melhor. Os melhores relacionamentos, aqueles que entram em minha vida para acrescentar, para ensinar e para evoluir (incluindo aqui todos os amigos que iluminaram e ainda iluminam minha vida com suas palavras ou mesmo com suas macacadas que me fazem rir, mesmo quando tenho vontade de chorar, que me erguem com apenas palavras, me fazendo ver quem realmente sou, espantando o danado do pessimismo, aos amigos que acreditam em mim, mesmo quando eu não consigo acreditar). A vida me presenteia com saúde, o bem mais precioso que existe neste mundo. A vida também me presentou com uma família meio maluquinha, mas que do seu jeito todo especial contribuíram para que eu fosse a doida que sou hoje, (em especial a minha mãe, que com seu jeito durão sempre pegou no meu pé para que eu estudasse, hoje sei o quanto ela estava certa!). E o presente mais lindo desta vida, eu guardo com todo amor e desvelo, são minhas duas filhas amadas, que enchem a minha vida de alegria e amor. Com elas aprendi que um sorriso e um olhar é o maior carinho na alma que se pode ter.
Olhando bem direitinho, minha “best friend” tem razão, eu só tenho motivos para agradecer a Deus, por tantos presentes!
E você, já fez um balanço assim na sua vida? Já parou para pensar o que tem e o que não tem? O que pesa mais para você? Por experiência própria, eu recomendo que faça você também um balanço em sua vida, tenho certeza que terá uma surpresa incrível quando perceber o quanto possui!
Conversa de Passarinho
21 de Outubro de 2012

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Reencontrando um velho amigo








Reencontrando um velho amigo

Estive ausente por um mês, por inúmeros motivos, entre eles e o mais importante, foi a internação de minha filha caçula. Acompanhei todo o sofrimento de minha filha no hospital e pude enxergar algumas coisas que estavam ocultas a mim pela minha ignorância.
No hospital encontrei e reencontrei amigas, cada uma delas com suas histórias, e em cada história de vida um belíssimo aprendizado. Acho que é por isto que eu adoro ouvir as pessoas, sempre digo que as pessoas são como livros. Alguns monótonos outros mais eletrizantes, mas todos com conteúdo e ensinamentos a serem descobertos por quem se interessar.
O cansaço, a tristeza e o medo são sempre companheiros de quem acompanha um paciente num leito de hospital, mas tive o privilégio de ter ao meu lado pessoas que iluminavam a escuridão do momento com sua generosidade, fé e amor ao próximo.
Houve momentos que eu estava tão cansada, que não tinha forças para continuar, mas as amigas que encontrei lá me falavam o tempo todo que eu não podia perder a fé, porque a falta de fé aniquila os nossos sonhos, suga-nos a energia que nos faz ter vontade de viver.
Você com certeza já experimentou a amarga sensação de não crer em sua própria capacidade a ponto de pensar em desistir. Todos nós já tivemos momentos assim. Até as pequenas tarefas se tornam fardos pesados demais para se carregar.  Mas, o que devemos fazer para reverter essa situação?
Bem, em primeiro lugar, ter consciência de que se as coisas não podem mudar naquele instante, você pode. Começando pela maneira de encarar as situações difíceis, buscando no meio do caos uma alternativa para vencer.
Procurar ver o que se tem de bom, colocando em segundo plano o que ainda não se possui.
Em segundo lugar, não permitir que os sonhos morram, mesmo que tenha que adiá-los um pouco, veja bem, adiar, não é desistir.
Acreditar no Deus que tudo sabe e que te dar exatamente o que você precisa e fez por merecer (detalhe muito importante a ser observado, afinal, não é justo culpar a Deus pela colheita do que semeamos).
A vida que você e eu possuímos hoje é a colheita do que semeamos ontem, que nossas ações sejam regidas por Deus, que possamos ter o discernimento de permitir que Deus nos ajude na caminhada.
Deus é um amigo educado e fiel, Ele só entra em sua vida se você permitir. Pense bem nisso...
Conversa de passarinho
17 de Outubro de 2012