sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

Amar é para poucos



Amar é para poucos

A vida nos deixa muito sem esperanças e sem fé no amor, é tanta hipocrisia e falsidades, tantos “eu te amo” servindo de legenda para fotos de pessoas frias nas redes sociais que nos questionamos se afinal, o amor ainda existe!
E foi num desses dias que minha fé na humanidade estava pra lá de apagada que encontrei com uma amiga de longa data, daquelas que mesmo passando meses sem ver ou conversar, você não perde a intimidade de conversas francas e restauradoras.
Minha amiga tem uma filha, uma moça hoje com vinte e três anos, quando eu a conheci ela tinha quinze e era uma menina linda, inteligente e sensível. A filha de minha amiga ajudava a mãe na escolinha que ela possuía e foi na escolinha que a conheci. Minha filha estudava lá e todas as tardes quando eu a deixava na sala, parava para conversar com a filha de minha amiga, embora tão jovem, ela era madura e muito amável. Uma excelente companhia.
Uma certa tarde a filha da minha amiga adoeceu e foi levada para o hospital. Fizeram inúmeros exames e descobriram tarde demais que a infecção que começou na garganta havia se alastrado pela corrente sanguínea. Ela teve septicemia e como consequência desta infecção agressiva, duas paradas cardiorrespiratórias.  
Os médicos conseguiram reverter o quadro das paradas e também da infecção, mas jamais trouxeram de volta a menina que ela foi (pelo menos parte dela).
A filha de minha amiga passou muito tempo sem respirar e seu cérebro foi muito danificado, faltou oxigênio. Após vários meses de internação, ela voltou para casa. Perdeu a visão, a fala e toda coordenação. A respiração depende agora de aparelhos. A alimentação é por sondas. Três coisas apenas lhes restaram, a audição, o sorriso e o amor da mãe. Este último, tenho certeza, é o motivo dos sorrisos que ela esboça.
Quando somos mãe, de certa forma, todas as crianças passam a ser nossos filhos também, sentimos a dor das outras. Chegamos mais perto do amor e da empatia, porque conseguimos de certa forma mensurar, mesmo que superficialmente, a dor e a alegria das outras mães.
Minha amiga mostrou as fotos da sua filha no celular, fotos dela em casa com muitos tubos conectados, mas feliz. Ela me falou que ela adora ouvir piadas e coisas engraçadas, falou que coloca os DVD de piadas do Zé Paraíba e ela ri muito e quando se cansa de ouvir, começa a emitir sons, que ela como mãe, sabe que é para trocar de DVD (nós mães, conhecemos nossos filhos tão profundamente que até quando não nos dizem nada, sabemos o que se passa com eles).
Enquanto eu olhava as fotos imaginando a dor daquela mãe que teve a vida de uma filha saudável transformada em tão pouco tempo, quando ela interrompeu os meus pensamentos dizendo a frase que jamais esquecerei.
- Semana passada ela teve outra parada cardíaca e eu fiquei apavorada, imaginando como seria a minha vida sem ela. Enquanto eu orava pedindo pra que ela ficasse bem, senti em meu coração uma paz sem explicação e uma voz dentro de mim falou “como será a vida dela sem você?”. Então, eu vi que já estou ficando velha e que ela só tem a mim para cuidar, então neste momento eu pedi para que ele a tirasse antes de mim!
Chorei ao ver o amor, o amor em forma de mãe.
O amor com que ela cuida e fala da filha nos fortalece, nos enche de paz e fé de que o amor que Jesus tanto pregou, realmente existe. É um amor verdadeiro, desinteressado e pleno.
Luciene Linhares

25 de Dezembro de 2015

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Eu preciso dizer o que sinto e não sinto muito se isto te incomoda


Eu preciso dizer o que sinto e não sinto muito se isto te incomoda

Quando postei o texto com o título “A Fabíola que há em todos nós”, alguns amigos queridos me ligaram e enviaram mensagens para mim, todos pediam que eu retirasse o texto do ar, pediam para que eu revisse minhas palavras, pois o texto era “muito comprometedor”. Meus amigos alegavam que as pessoas podiam pensar que eu estava defendendo a “Fabíola traidora” por trair também.
O que eles e talvez muitos outros que leram aquele texto não tenham pensado é que eu estou cansada de ver o erro e ficar calada. Estou cansada de ver tanta hipocrisia e falsidade sem nada fazer. (Fabíola errou quando traiu o marido, mas isto não dá o direito de todos a apedrejarem nas redes sociais, essa arena de leões virtuais).
A maturidade está chegando pra mim e com ela a falta de paciência para engolir sapos, eu preciso dizer o que sinto e não sinto muito se isto incomoda.
Coincidentemente é a segunda vez nos últimos dias que minhas palavras não agradam ao ponto de que eu receba pedidos para retirá-las.
Não retiro palavras, ainda mais dos meus textos. Elas são parte de mim, possuem os meus valores, os meus pensamentos, os meus sentimentos. Elas são o meu Eu por escrito.
No outro episódio que escrevi algo que não agradou, o caso se deu devido um professor arrogante ter me exposto ao ridículo em sala de aula se aproveitando de sua posição. Ele teceu comentários sobre o conteúdo do meu trabalho acadêmico de forma a me ridicularizar em sala e dois dias depois tornou a comentar o mesmo erro me expondo novamente ao ridículo. Obviamente que não gostei, mas em nome da educação que meus pais me deram, calei-me em sala e numa conversa privada por mensagens no Facebook eu falei que não tinha gostado, que a conduta dele foi medíocre e antiética e que eu exigia que da próxima vez ele me corrigisse minhas atividades de forma ética e acadêmica, sem me expor.
Sabe o que aconteceu depois que mandei a mensagem?
O professor se sentiu ofendido e “gentilmente” me mandou retirar o que eu tinha dito para ele.
Como NÃO retirei, ele tentou me “amedrontar” dizendo que levaria a conversa para a coordenação do curso.
Parecia uma piada de mal gosto! Eu realmente não queria acreditar que ele tinha usado isso, porque eu não era criança para que ele pudesse achar que a coordenação fosse motivo para me intimidar. Mas, lá fomos nós para a coordenação...
Chegando lá, aconteceu o esperado: “O professor não quis ofender, você deve ter se enganado com a forma como ele falou”. E ainda tive que ouvir da coordenadora que: “você é a única aluna que fala mal dele na instituição. Todos os outros alunos o consideram o melhor professor daqui”.
O que não é verdade! Todos os alunos da instituição o TEMEM! O que é bem diferente de respeito e admiração. Pelos corredores o que mais ouvimos falar é que este professor adora expor os alunos em sala de aula. Ele até tem conhecimento técnico sobre os assuntos acadêmicos, mas no trato pessoal ele é um BOSTA! Um grosseiro!
Ficou a minha palavra contra a dele. Lógico que não deu em nada pra ele, mas pra mim... Fui massacrada em todas as demais atividades que fiz com ele. Todas as minhas notas foram baixas, até nas atividades “subjetivas” ele achava um jeito de me ferrar. No final do semestre, todos os alunos da turma passaram por média (EXCETO EU)! Fui pra final da disciplina dele, exclusivamente na disciplina dele. Ele deu pontos para todas as pessoas passarem, mas deu um jeitinho de me deixar na final. A final foi pesada, com questões abertas, mas EU PASSEI (por esforço e méritos exclusivamente, meus!)
As pessoas temem pagar por suas palavras, mesmo quando delas dependem uma condição de vida mais digna. E assim a impunidade e o medo apagam parte da história de vida de tanta gente.
Nada apaga ou paga a satisfação de seguir o coração no caminho certo.
A propósito, não retiro nenhuma das palavras acima!

Luciene Linhares
18 de Dezembro de 2015


quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A Fabíola que há em todos nós


A Fabíola que há em todos nós

Na Idade Média pessoas eram jogadas na cova dos leões para serem devoradas enquanto uma multidão enfurecida vibrava euforicamente. Hoje as pessoas são jogadas nas redes sociais para serem devoradas pelas palavras de ódio digitadas por uma população ignorante que mesmo com todo recurso tecnológico a sua disposição, ainda se mantém firme na apreciação de horror que a dor do outro lhe causa.
Um caso tem repercutido bastante nas redes sociais, a traição praticada por uma moça chamada Fabíola e o “melhor amigo” de seu marido, o Léo. Ambos foram flagrados na porta do motel. Outro “amigo” do marido registrou toda a confusão com um celular e divulgou nas redes sociais.
Diante disto tudo podemos fazer alguns questionamentos e também reflexões!
O que o amigo ganhou divulgando as imagens da traição? (Será que não havia nisso tudo uma pontinha de inveja, por talvez, quem sabe, a “Fabíola” não o ter querido no lugar do Léo)
Ele realmente pensou no bem estar do amigo que estava sendo traído?
Pensou na destruição que isto causaria a pessoas inocentes que nada tem a ver com toda aquela confusão? (pra resumir, vamos incluir aqui apenas os filhos do casal).
A internet é uma ferramenta maravilhosa, mas também é um lugar de justiceiros ignorantes, egoístas e cruéis.
Quando vejo alguma referencia ao caso, dou uma olhada nos comentários que se seguem, e o há sempre uma enxurrada de palavrões, acusações e ameaças para a Fabíola.
Será que a culpa foi só dela?
Claro que não!
A traição envolve outras pessoas também, mas ninguém se dá ao trabalho de enxergar que ali existe um ser humano com defeitos e virtudes. Quase ninguém enxerga o “melhor amigo” como culpado também. Aliás, ele continua sendo o “melhor amigo”, enquanto a Fabíola, coitada, essa tem garantido um coleção de insultos.
O erro que esta moça cometeu não anula a pessoa que ela é. A Fabíola, é mãe, filha, amiga, irmã, neta, sobrinha... Ela possui uma identidade que está sendo corrompida, desfigurada e suja por pessoas que não se dão ao trabalho de se por no lugar do outro. Pessoas que nem a conhecem, não sabem de sua realidade, não sabem que tipo de relacionamento ela mantinha com o marido para que ela seguisse por este caminho de erro.
A hipocrisia reina! Os dedos que digitam acusações e insultos são os mesmos que traem nos whatsapp, no Facebook e em tantas outras redes...
E se Fabíola fosse sua mãe? Ou quem sabe, sua filha? Ou ainda a sua irmã? Ser que vocês pensariam da mesma forma? Se fosse da sua família seria puta também? Não, né?!
É muito fácil jogar aos leões quando não é o nosso sangue que corre nas veias!   

16 de Dezembro de 2015

Luciene Linhares

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Caminhando para o abismo



Caminhando para o abismo

Ontem à noite quando estava indo para a faculdade vi no ponto de ônibus um gatinho preto, ele caminhava com certa dificuldade e um de seus olhos estava furado. O gato passou por todas as pessoas que estavam na rua e entrou num portão de uma escola. Observei aquilo com o coração partido, mas eu já estava muito atrasada para uma aula que eu não poderia perder, pois teríamos uma avaliação durante a aula.
Entrei no ônibus com o pensamento no gato e na dor que ele deveria estar sentido, mas assim como ele segui meu caminho. Cheguei atrasada com uma atividade já em curso, assisti a primeira aula e na segunda aula o professor passou um vídeo sobre consumo consciente e pediu para que escrevêssemos nosso posicionamento a respeito do tema, ele queria saber se nós acreditávamos se isso um dia seria possível ou não.
Infelizmente não tive dúvidas em me posicionar contrária a esta ideia. Eu realmente não acredito que possamos chegar a um nível de consciência que nos permita colocar o planeta em seu devido lugar, que é o primeiro. NÓS estamos destruindo os recursos naturais, NÓS estamos nos matando de todas as formas possíveis.
NÓS, porque não é só quem lucra em cima disto que tem culpa, TODOS NÓS temos uma parcela de culpa. Permitimos que isto aconteça, nos calamos, fechamos os olhos para a dor do outro e seguimos nossas vidas em busca de coisas tão vazias quanto nós.
A tragédia que ocorreu em Minas Gerais é um exemplo de nossa cegueira e permissividade, as vidas que se foram e as vidas que ficaram em frangalhos por ter perdido tudo que construíram ao longo de anos e até pessoas que amavam, não passam de gatos pretos caminhando com dificuldade pelas ruas da vida para nós. Logo esqueceremos. Logo tudo passa...
E como se não bastasse tanta ignorância, tanta falta de sensibilidade e respeito a dor do outro, ainda ficam com joguinhos ridículos nas redes sociais tentando mensurar qual dor dói mais. Não interessa se é Paris, Minas ou o Sertão Nordestino, a dor do outro é sempre dor.
Não acredito que acordaremos a tempo de salvar o que restou do mundo, de nós, do amor.
Luciene Linhares

17 de Novembro de 2015

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

O atestado que nada atesta!


O atestado que nada atesta!

O que te faz feliz?
O que é realmente importante para você?
Já parou para pensar no quanto deixamos de ser felizes para agradar o outro?
Perdemos muito por querer ganhar o respeito e a consideração de quem não dá a mínima para o que fazemos ou mesmo para quem somos!
Hoje num desabafo de uma amiga querida, ela se queixava de que os parentes (as tias mais velhas e casadas) a questionavam porque ainda não havia se casado.
O casamento não é e nunca será garantia de felicidade.
Casamento não é um atestado de que você “foi boa o suficiente para “prender” um homem”.
Quando as próprias mulheres conseguirem enxergar que a felicidade é um punhado de coisinhas que deixamos de fazer porque estamos ocupadas demais tentando agradar os outros, verão que o casamento nada mais é do que uma formalidade e dependendo do caso, às vezes ele tá mais pra uma sentença numa prisão invisível onde você vai compartilhar uma cela com um total conhecido que você desconhece.
Ah, mas aquela sua tia deve estar pensando que o seu tempo de casar já passou e que você vai ficar pra titia!
“Coitadinha!” Deve pensar ela. “Não tem ninguém!”
Realmente, você não tem ninguém pra roncar ao seu lado a noite inteira (isso sem falar nas flatulências). Você também não tem ninguém para te aporrinhar porque estourou o cartão de crédito com besteiras que só as mulheres sabem encontrar pra comprar. E eu quase ia esquecendo! Você é realmente uma coitadinha! Afinal, você não tem ninguém pra mentir, trair e desligar o celular quando chega em casa com medo da amante ligar (coisa que provavelmente acontece com aquela sua prima casada, aquela que é bem mais nova que você, ela sim é uma mulher de sorte.
Graças aos céus, muitas mulheres já enxergam essa realidade e preenchem seus dias com a doce felicidade de viver cada dia como se fosse o último, sem se preocupar com o que os outros vão pensar e muito menos ainda, se o tempo de casar já passou ou ainda vai passar.
Casamento é opção e não obrigação. Casa quem quer.
Que se casem, se for para acrescentar felicidade, cumplicidade e harmonia. Caso contrário, que vivam e vivam bem! Sem culpas, sem medo e sem arrependimentos.
A vida é tão bela e tão breve, como a chama de uma vela. Devemos aproveitá-la enquanto queima em nosso peito a vontade de brilhar!
Luciene Linhares

09 de Novembro de 2015

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Feitiço para um grande amor voltar



Feitiço para um grande amor voltar

·         Pare de ficar olhando para a foto dele no whatsapp a cada segundo (caso não consiga isso de cara, apague o número do crush até se sentir confiante para voltar a vê-lo na lista de contatos);
·         Não ligue! Não ligue MESMO!
·         Se beber, entregue o celular para a sua melhor amiga guardar e faça-a jurar que só irá devolver depois que a lombra da bebida passar (isso evita mensagens e ligações desesperadamente ridículas, das quais você irá se arrepender por um bom tempo);
·         Evite ficar pensando nos bons momentos que tiveram juntos, pois além de fazê-la sentir infeliz, ainda criará uma falsa ilusão de que “nunca irá achar alguém igual ao crush”.
·         Quando o desejo de pensar nos bons momentos bater a porta, trave-a com as lembranças dos PÉSSIMOS momentos que o crush proporcionou.
·         Se a “Bad” bater forte mesmo e o crush tiver de “babaca nova” (pois com certeza, será outra vítima da cafajestagem dele) vale excluir e bloquear das redes sociais para evitar sofrimentos desnecessários em forma de fotos e comentários.
·         Chore o que tiver que chorar, mas não vá também ficar desidratada de tanto derramar lágrimas por alguém que sequer imagina que você respira naquele momento.
·         Depois do chororô, lave bem a cara e se olhe no espelho, mas tenha cuidado para não se assustar! Brincadeira! Olhe-se no espelho e se ainda não consegue enxergar uma pessoa da qual você tem orgulho, corra atrás do prejuízo e torne-a real.
·         Faça as unhas, pinte essa cara e dê um trato na peruca. (se não tiver grana para ir ao salão, faça em casa mesmo. Tem um montão de tutorial de maquiagem no youtube, aproveite para aprender coisas novas);
·         Tire um tempo para você mesma, vá passear, assistir alguma coisa interessante, ler... Faça qualquer coisa por você, para você.
Os primeiros passos desse feitiço que traz de volta um grande amor, não é nada fácil. Requer paciência, fé e muita coragem! Haverá momentos em que você talvez fraqueje, em que talvez acredite que ainda vale a pena correr atrás do crush, mas enxergará que não há felicidade onde um ama por dois. E se persisti no feitiço encontrará o maior e melhor dos amores, um amor que te conduzirá para a felicidade, O AMOR PRÓPRIO!
Sem amor próprio corremos o sério risco de nos tornamos marionetes nas mãos de gente que embora não saiba amar, sabe o poder que este sentimento tem na vida das pessoas e se apropriam disso em proveito próprio.
O amor próprio não nos faz melhor do que ninguém, mas nos faz melhor do que nós mesmo, pois muitas vezes nos perdemos por desilusões e esquecemos o NOSSO REAL VALOR.
Quando pensar em ficar triste por alguém que não te valoriza, lembre-se de que você é filho ou filha dos Deuses e que seu valor é imensurável, seu valor é invisível aos olhos imaturos de seres que ainda não conhecem a sua verdade. 


Ps.: Sim, eu já usei esse feitiço! Sim, ele tem dado certo!

Luciene Linhares
26 de Outubro de 2015

domingo, 27 de setembro de 2015

Quando Deus nos fala



Quando Deus nos fala

Quando eu tinha cerca de quinze anos minha família programou uma viagem para a praia. Passamos o dia que antecedeu a viagem numa euforia só, minhas duas irmãs e eu queríamos muito brincar praia, sem falar que sair da rotina pra garotas que moram numa cidade pequena e com pais rigorosos é a oitava maravilha do mundo!
Quase não consegui dormir de tanta ansiedade pela hora de embarcar na aventura, mas durante o sono, eu sonhei que estava na praia com minha família e amigos e de repente eu via todos voltando pra casa e não me via no carro. Então, ainda no sonho eu ouvi uma voz que vinha do mar e dizia: “Se você for esta viagem, você não voltará.”
Acordei com uma sensação terrível, um peso, um mal estar e as palavras ecoando em minha mente: “Se você for esta viagem, você não voltará.”
Quando levantei minha mãe estava preparando o café para que tomássemos antes de sair, então falei pra ela que não iria. Falei do sonho e que não estava me sentindo bem o suficiente para ir. Ela insistiu, mas eu não cedi.
Quando todos estavam saindo, eu lembrei mais uma vez da voz e vi minha irmã caçula, na época com sete anos. Chamei minha mãe no terraço e pedi pra que tivesse muito cuidado com minha irmã.
O dia correu devagar para mim, em casa sozinha e com a lembrança do sonho eu aguardei minha família retornar do passeio. Demoraram mais do que o esperado para retornar, porque a minha irmã caçula quase morreu afogada. Meu pai a encontrou desacordada e um médico que estava próximo, fez os primeiros socorros levando-a para o hospital logo em seguida. Minha irmã se recuperou e hoje é uma bela mulher, mas eu aprendi que Deus nos fala ao coração e que devemos ter ouvidos apurados para ouvir-lhe os conselhos.
Hoje, quando preciso tomar uma decisão difícil em minha vida, eu sempre a entrego nas mãos de Deus, pois confio que ninguém melhor do que Ele para me guiar pela vida. Sei que Deus vê além, vê o que não posso ver naquele momento, por isso entrego pra ele as decisões e silencio o meu coração para ouvir a sua voz. E Ele sempre responde!
Quando tento fazer alguma coisa e fracasso, óbvio que fico triste! Mas, essa tristeza é passageira, pois sei que por traz daquele fracasso há algo melhor reservado pra mim, pois Deus me ama e quer o melhor pra mim!
Deus é tão bom e tão amoroso que mesmo que nossa mente esteja perturbada a ponto de não nos permitir ouvir sua voz (em forma de intuição) ele muitas vezes envia alguém para nos transmitir a mensagem que precisamos ouvir naquele momento. Sabe como isso acontece?
Tipo assim... Você está super pra baixo porque algo em sua vida deu errado ou porque aquela entrevista de emprego não rolou, mas daí alguém que você nunca viu antes (uma pessoa que encontra na rua, na fila do ônibus ou do banco) para e começa a conversar com você. E aquela pessoa de repente, começa a falar coisas que se encaixam perfeitamente naquilo que você está vivendo e ela sem “querer” te dá o direcionamento que você tanto precisava. Isso acontece porque Deus a enviou para te ajudar!
Nunca estamos sozinhos, nunca estamos desamparados!
Tudo conspira para o nosso bem, mesmo quando acreditamos que não. Nossa visão é limitada e muito frágil. Enxergamos apenas o agora e ainda embaçado pela névoa de nossos sentimentos egoístas e triviais. Deus vê além.
Ouça a voz de Deus.
Luciene Linhares

27 de Setembro de 2015

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Espelhos de emoções



Espelhos de emoções

“- Você está bem?”
Está é uma pergunta que ouvimos frequentemente das pessoas que nos cercam.
Mas, quantas destas pessoas estão de fato interessadas em saber como estamos de verdade?
Quantas dessas pessoas que nos perguntam se “estamos bem”, realmente estão dispostas a ouvir a nossa resposta? E este percentual de ouvinte cai ainda mais se a resposta que tivermos para dar não for a tão esperada “Estou bem!”.
Entendam, há um abismo entre ouvir e escutar. Ouvir, todos nós ouvimos, basta termos o aparelho auditivo funcionando bacaninha que a gente ouve até o que não quer. Mas, escutar requer atenção, tempo, compreensão...
As pessoas estão escutando cada vez menos. A “surdez emocional” é um mal que destrói até a mais sólida das relações. O surdo emocional vai sendo envolto por seu próprio ego até que nenhum afeto é capaz de tocá-lo. Mesmo sem perceber o surdo emocional, torna-se uma ilha silenciosa e fria.
Seja sincero, quantas vezes durante o seu dia um amigo ou parente conversou com você, enquanto você colocava a sua melhor “cara de paisagem” no botão automático e aproveitava o tempo da “conversa” (que na verdade era um monólogo) para mexer no celular ou pensar em qualquer outra coisa?
Não precisa negar ou fazer birra!
 Eu sei que isso realmente acontece o tempo todo!
Eu também faço! E não me orgulho disso!
Acontece que quando chega a nossa vez de falar, nos queixamos que o outro não nos dá atenção, mas não enxergamos que cometemos o mesmo erro.
Somos espelhos! Somos espelhos de emoções!
Refletimos aquilo que nos é apresentado diariamente.
Então, da próxima vez que for perguntar se “alguém está bem”, se interesse o suficiente para ouvir a resposta, inclusive A QUE NÃO FOR DADA pelo som da voz. Pois, muitas vezes a boca fala o que o coração não quer dizer. E se você não estiver disposto para ouvir com todos os seus sentidos, a conversa não fará sentindo e você perderá a chance de fazer a diferença na vida daquele alguém.
Lembre-se também que chegará um dia em que tudo que você irar desejar é ter alguém para te ouvir e que somos espelhos de emoções, então, neste dia provavelmente irás colher aquilo que semeastes. Verás no outro aquilo que refletes, seja indiferença ou atenção. A vida devolve aquilo damos para ela.
Luciene Linhares

23 de Agosto de 2015

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Cicatrizes da alma



Cicatrizes da alma

Vocês possuem alguma cicatriz pelo corpo?
E na alma, possuem cicatrizes?
Eu tenho algumas cicatrizes pelo corpo, fruto de quedas e procedimentos cirúrgicos que passei ao longo da vida.
Cada cicatriz tem sua história, algumas delas me trouxeram presentes maravilhosos, como as duas cesáreas pelas quais tive minhas duas filhas, meus dois presentes. Eu não abriria mão destas duas marquinhas de amor por nada neste mundo!
Tenho duas cicatrizes no joelho, fruto de quedas que sofri durante a infância. Uma delas parece até um sorriso, eu a consegui quando brincava num terreno baldio pertinho de minha casa, eu estava me divertindo andando pelo alicerce do que seria um prédio, quando escorreguei e cai, batendo o joelho direto numa pedra pontiaguda. Eu tinha sete anos, minha mãe quase enlouqueceu quando viu a quantidade de sangue, na hora eu achei que ia morrer! Brincadeira! Eu só lembro bem da queda em si e do quanto foi doloroso a recuperação.
A segunda queda eu já tinha catorze anos e desta vez, o processo todo foi bem guardado pela minha memória. Doeu MUITO! E a recuperação foi lenta! Mas, também passou!
Ficaram apenas as cicatrizes!
Enfim, cada cicatriz é um lembrete do que eu passei para chegar até ali, até a cicatrização. Obviamente que não sinto mais dor (graças a Deus), mas também não está nos meus planos ter uma nova cicatriz pelo mesmo motivo!
Prestem atenção na frase que escrevi acima e que vou enfatizar colocando entre parênteses agora: (não está nos meus planos ter uma nova cicatriz pelo mesmo motivo). Por que escrevi isso? Porque ninguém está isento de se machucar, a todo instante corremos este risco, mas devemos nos esforçar para não nos machucarmos da mesma forma duas, três, cem vezes...
Eu jamais irei andar por um alicerce de um prédio em construção novamente, porque sei que eles escorregam e que sempre haverá uma pedra afiada na sua base a espreita de um pobre joelho desavisado!
Entenderam o que eu quis dizer?
Que bom que entenderam! Agora vamos para a segunda parte da história! ...
Algumas pessoas são mais afiadas, frias e duras do que a pedra que furou o meu joelho! Acreditem, elas podem fazer estragos bem maiores em sua vida!
E não me refiro a apenas relacionamentos amorosos, mas em todos os tipos de relacionamentos! Às vezes essas pessoas se aproveitam apenas de uma distração sua(se aproveitam da confiança que você deposita nelas), para te derrubar e ferir.
Quando isso acontece, a dor que você sente é terrível, porque você simplesmente não espera que AQUELA pessoa possa te ferir um dia! Simples assim!
Depois da amarga surpresa de ser ferido por alguém que julgamos jamais ser capaz de fazer tal coisa, vem a segunda dor, a dor do ferimento em si, que dependendo do grau de intimidade existente pode atingir várias camadas da sua alma, como sua autoestima, e sua confiança nos outros, por exemplo.
O tempo vai passar, e a sua ferida na alma vai ser sua companheira por um BOM (ou seria ruim?) tempo!
Vai doer, vai doer de novo, e de novo, e de novo e de novo...
Às vezes essa ferida tá quase fechando, daí você esquece a dor, e o que você faz?
Se joga na pedra novamente!
Você acredita que dessa vez vai ser diferente e que a pedra não vai te ferir porque ela mudou de estado! A pedra agora, não é mais uma pedra fria e tudo vai ser diferente! Mas, não vai! A menos que você tenha habilidades fabulosas de alquimia da essência humana, a pedra fria sempre será uma pedra fria. E irá te ferir ainda mais, porque irar penetrar ainda mais fundo na sua ferida já aberta!
Sacou o lance?
Parafraseando aquela velha frase de “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” eu te digo: “Alma mole em pedra dura, tanto bate e SEMPRE FURA!”

Luciene Linhares

03 de Setembro de 2015

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Sapos serão sempre sapos, não importa o quanto você o beije!



Sapos serão sempre sapos, não importa o quanto você o beije!

Vocês já tiveram o desprazer de serem assaltados?
Eu já tive esta infelicidade, em um final de tarde enquanto esperava o ônibus pra ir pra faculdade um individuo parou uma moto em minha frente e com um revolver na mão pediu minha bolsa e tudo que nela estava.
Posso te garantir que não foi a melhor das sensações, primeiro porque o susto é tão grande que você perde meio que a noção de tempo e de espaço. Só depois deste choque é que você vai parar para analisar direitinho o que perdeu, e como tudo de fato aconteceu.
Quando cheguei em casa, passei cerca de uns dois dias pra contabilizar o que havia sido levado pelo ladrão (e não adianta vir bancar o engraçadinho dizendo que bolsa de mulher tem tanta coisa que não sabemos ao certo que tem dentro dela), mas é que o pavor e o trauma do assalto nos deixa fora do ar.
Depois de ter contabilizado o que havia perdido eu fiquei pensando na dinâmica do assalto, repassando a trajetória do ladrão e o que eu poderia ter feito para que isto não tivesse acontecido, com tristeza posso afirmar que dei vacilo! Se eu não tivesse ficado no ponto de ônibus tão escuro, se tivesse ficado no barzinho ao lado até a chegada do ônibus, se não tivesse ficado distraída olhando umas anotações...
Foram os “se” que contribuíram para que eu fosse a vítima perfeita naquele momento!
Mas, de tudo temos que tirar uma lição, não é mesmo?!
Então, queria compartilhar com vocês o que pensei a respeito disto e a que conclusões cheguei:
"Quando a gente dá bobeira pra o azar, do tipo ficar com o celular na mão num lugar onde o índice de furto é grande e de repente “um mala” vem e o leva, a gente fica com a sensação de perda e sofrimento, mas também com a certeza de que fomos responsáveis pelo furto! Pois, não observamos os perigos que se aproximavam.
Pois é, isso também acontece com nossos corações. Às vezes deixamos nossas emoções e sentimentos desprotegidos, a mercê de qualquer um que queria roubá-los e quando isso acontece à sensação de perda divide espaço com a sensação de burrice e culpa por ter deixado algo tão precioso ser levado por alguém tão sem valor.
Nos expomos ao perigo de gente vazia, que tenta nos roubar para preencher seus próprios espaços solitários e frios. Nos deixamos levar pela lábia daqueles que nada possuem a oferecer. A fábula do sapo que vira príncipe parece não ter saído da mente de muitas pessoas, porque nunca se beijou tanto sapo na esperança de transformá-los em algo melhor, quem sabe, até um príncipe! Mas, isto é só mais uma história pra crianças (que aliás, ao meu ver, nem deveria ser contada para não confundir a mente delas).
Sapos serão sempre sapos!  
A vida dá sinais de que as coisas estão erradas, a gente é que insiste em fantasiar, achando que aquela desatenção ali é só excesso de trabalho do “sapo”, que aquela grosseiria do “sapo” foi só porque ele teve um dia ruim... E assim, vamos engolindo os sapos dos “Sapo”, fechando os olhos para o pântano que se abre aos nossos pés.
E se você teimar em acreditar que um beijo ali, um carinho acolá, irá modificar a natureza da criatura, tolo engano! Uma hora você vai acordar e verá que todos os seus sonhos e ilusões foram para o brejo junto com o sapo!


Luciene Linhares
 24 de Agosto de 2015

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Alma mutilada



Alma mutilada

Quando alguém é acometido por uma enfermidade que começa a drenar a sua saúde, a sua vida, o que pessoa faz?
Claro que todos vocês irão me responder que esta pessoa irar procurar assistência médica para descobrir e eliminar o problema o mais rápido possível! Afinal o nosso corpo dá sinais de que algo está errado, embora muitas vezes nós o ignoramos, fazendo com quê a enfermidade só avance e traga ainda mais sofrimento.
Cortamos o álcool, o cigarro, a gordura e o açúcar de nossas vidas quando isto é necessário para que possamos ter uma melhor qualidade de vida. Às vezes até um pedaço de nosso corpo, uma perna, um braço ou um rim nos é cortado para que possamos viver.
Quantas mulheres se veem com a única alternativa de perder um seio para que tenham a chance de sobreviver e mesmo diante de todo o sofrimento e dor (emocional e física) elas optam pela retirada da mama e seguem seus caminhos, confiantes de que aquele pedaço que se foi não lhe servia mais e de que viver, é sempre a melhor escolha.
Sabendo de tudo isto, então, por que temos tanta dificuldade de cortar pessoas e comportamentos prejudiciais a nossa felicidade? Porque devemos permitir que o outro apodreça o que há de bom em nós? Até quando fingiremos que não há feridas sendo abertas a cada palavra mal dita, a cada falta de respeito e consideração?
Semelhante a um câncer as feridas da alma começam silenciosas e são alimentadas por pequenos fragmentos de desamor. O desamor responsável por essas feridas não parte apenas do “outro”, mas de nós também. Quando não nos amamos o suficiente, fechamos os olhos para as causas do nosso sofrimento, como se negando-os, eles fossem desaparecer como num passe de mágica.
Mas não vão!
O sofrimento que o outro te causa só irar cessar no dia em que você enxergar que apenas você pode por um fim nisso.
Às vezes é necessário tomar uma dose cavalar de coragem para eliminar este mal de sua vida. Não vou mentir dizendo que será fácil, pois como todo tratamento existe uma dose de sofrimento envolvido. Mas, posso te garantir que valerá a pena encarar tudo isto de cabeça erguida.
Haverá sintomas terríveis de abstinência que te farão questionar se retirar a doença (o outro) foi o remédio certo para a sua dor e se você realmente irar conseguir chegar ao final de tudo isto vivo, mas tudo isto irar passar. E um belo dia, quando você menos esperar, estará curado e feliz!
Não haverá mais noites de insônia e nem aquela dor que vinha de um lugar que você nem tinha certeza que existia, mas que doía a ponto de te roubar o ar e a vontade de continuar a viver.
Procuramos desculpas esfarrapadas para negar o que realmente nos fere e com isso permitimos que o outro mutile a nossa alma, retirando pequenos fragmentos de dignidade e respeito.
Esse papo todo de doença veio a minha mente durante uma conversa com uma amiga que estava passando por um problema com um relacionamento no qual o rapaz a tratava como segunda opção e às vezes até com ofensas tentando diminuí-la, minando sua autoestima. Enquanto eu a ouvia falar do que estava passando fiquei questionando até que ponto somos responsáveis pelas nossas dores!
O dia terminou, minha amiga foi pra casa dela e o que eu tinha pra dizer sobre o que ela me confidenciou está aqui, espero que tome a decisão certa minha amiga! A cura para suas dores está em suas mãos, cabe a você fazer uso dela ou não!
Luciene Linhares

04 de Agosto de 2015

terça-feira, 28 de julho de 2015

O outro é parte de nós, nem melhor nem pior


O outro é parte de nós, nem melhor nem pior

Vou contar uma historinha aqui e espero que cada um tire suas próprias conclusões...
Você já deve está pensando:” Afe! Lá vem ela falar mal das religiões novamente!”
E se pensou isso, acertou! Hehe
Mas, não entre na onda de me julgar sem antes ler o que tenho para narrar!
Então, a historinha começa assim...
Uma certa manhã estava eu minha casa quando uma amiga (tenho muitos amigos religiosos, dos mais diversos seguimentos) chegou falando de outra uma pessoa que era bruxa. E ela dizia:
- Mulher, tu acredita que a véia Marinalva veio me oferecer uns vestidos que foram das netas dela pra mim levar pra alguma criança da minha igreja que pudesse usar. Os vestidos até que estavam bem conservados, mas Deus me livre de pegar nada daquela mulher, ela é uma macumbeira velha nojenta. Vive envolvida com bruxaria! Fala com mortos, mortos, não, ela fala como demônio, porque todo mundo sabe que os mortos não voltam pra falar com os vivos. Isso é coisa de satanás! Deus me livre!
Gente, eu ouvi isso num misto de pena e raiva!
Tive realmente muita pena por uma pessoa se deixar cegar a este ponto! Pena por vê-la errando muito mais do que aquela a qual ela julgou.
Eu fique pensando na tristeza que Deus deve sentir ao ver seus filhos cegos de ódio e preconceitos, manipulados por conceitos humanos cada vez mais desumanos.
Eu não estou defendendo aqui a fé (ou religião) da outra mulher que na melhor das intenções tentou ajudar, mas questiono a falta de amor que há nas religiões como um todo. Se ela é macumbeira, bruxa, fala com os mortos ou coisas do tipo, naquele momento isso não importava! Ela era apenas uma mulher com roupas de crianças para doar. A intenção era ajudar! Ela oferecia amor! Simples assim!
Ela oferecia amor em forma de roupinhas e o que ela recebeu? Um julgamento secreto e cruel.
Vocês realmente acreditam que uma roupinha de criança que veio de uma mulher que pratica bruxaria é contaminada de um mal que deve ser evitado?
Sinceramente, custa-me muito acreditar que nos dias de hoje existam pessoas tão cegas (a palavra real que me veio a mente, foi BURRA, mas não achei justo com o animal difamá-lo assim!) a ponto de acreditar que receber, tocar, comer, beber ou frequentar o mesmo lugar onde há prática de magia o faça impuro aos olhos de Deus.
Isso é simplesmente patético e sabe por quê?
Porque em todos os lugares existem pessoas que praticam a magia, que acreditam em vida após a morte e que cultivam as velhas religiões com seus Deuses!
Sabe o médico da sua filha (aquele que é super gentil e atencioso), o padeiro da padaria que você adora, o bom velhinho que vende pipoca e até mesmo aquele parente que você tanto gosta, pois é, todos eles praticam magia e convivem harmonicamente com você e sua cegueira! E para sua surpresa eles não o julgam por você ser tão cega e não se intitulam donos da verdade, mas sabem respeitar o espaço que é devido a cada um.
Tudo bem! ... Eu sei que vão alegar que a Biblía diz que é abominável tudo que envolve magia, mas também sei que Jesus resumiu os mandamentos a: “Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo.”
E aí?
Será que ao julgar uma boa ação de uma pessoa cuja as crenças são diferentes da sua o faz melhor?
Será que ao julgar o próximo, estamos seguindo o que a Bíblia diz? Estamos amando ao próximo como a nós mesmos?
Isto chega a confundir, não é? Afinal, não fica muito bem seguir apenas o que nos convém da Bíblia!
Meditem nisto tudo e pensem muito antes de julgar o outro, afinal o seu dia de julgamento também chegará e nada fica impune!
Luciene Linhares

28 de Julho de 2015