terça-feira, 25 de junho de 2013

Me apaixonei pelo meu amigo gato!



Me apaixonei pelo meu amigo gato!


O título sugere que eu me apaixonei pelo meu amigo gato, não é?
E é isso aí! Eu realmente não só me apaixonei, mas continuo me apaixonando cada vez mais por meu amigo gato!
Pois o amor é um exercício constante. Carinho, respeito e admiração o tornam ainda mais forte e belo.
A grande diferença entre o ser humano e os animais é que com a segunda espécie, você não corre o risco de se decepcionar. As pessoas por mais próximas que estejam de nós, frequentemente acham um jeitinho faceiro de nos ferir. Além de possuírem um amor descartável, onde geralmente é moeda de troca. Enquanto eu for interessante pra você, você fica aqui comigo. E por aí vai!
Raras são as exceções em que há verdade nos sentimentos. E não se engane, isto acontece em todas as relações. Sejam elas, profissionais ou sentimentais. Uma hora aquela pessoa tão especial vai pisar na bola com você.
Tive o privilégio tenebroso de sentir isto na pele inúmeras vezes. Recentemente, uma pessoa que era especial pra mim, me magoou muito. E a dor foi tão profunda que eu sentei no sofá e chorei.
O meu gato, que não é um exemplo de cordialidade e muito menos de sensibilidade, saiu do seu sofá de estimação (porque na verdade, agente senta no sofá de enxerida, porque o sofá é do gato!) e veio para o meu colo. Coisa que ele não faz de jeito algum.
Ele ficou louco ao me ver triste e chorando, miava e se jogava em cima de mim. Olhava pra mim miando e dando cabeçadas, até que subiu em cima do meu ombro e começou a me acariciar. Parecia implorar para que eu parasse com o choro. Quando me acalmei ele se acalmou. Mas, ficou por um bom tempo em meu colo, num silêncio que dizia muita coisa. Um silêncio que só o amor é capaz de entender.
A dor passou, mas a lembrança daquele olhar amoroso vive e se multiplica em mim!
Conversa de passarinho

25 de Junho de 2013

sábado, 22 de junho de 2013

A vida que leva agente...





A vida que leva agente...

A vantagem de ter amigos em diferentes classes sociais é que você enxerga a vida por diversas maneiras, sobre os olhares e impressões dos mesmos. É uma riqueza de detalhes e ensinamentos constantes.
Num desses cursos que inventei de fazer por não saber ainda o que eu queria da vida, tive a oportunidade de desenvolver um projeto em sala de aula que simulava a abertura e manutenção de um negócio, tínhamos que fazer desde um estudo de mercado até toda a contabilidade da empresa fictícia.
Os grupos se formaram e o nosso ainda não tinha escolhido o tema, ou melhor, não sabíamos o que criar para o projeto, visto que deveria ser algo que ainda não existia na nossa cidade, foi aí que me lembrei de alguns amigos e suas relações com as mascotes. Então, dei a sugestão de criarmos um hotel pra cães e gatos.
E foi com o relato abaixo que apresentei o nosso negócio/projeto escolar...
Cachorro de rico sempre tem nome chique, como: Sofia, Charlote, Arthur Frederico entre outros.
Já o cachorrinho de pobre tem geralmente nome de comida ou mesmo nomes inventados, criações dignas de um prêmio de criatividade. Os bichinhos tem os nomes de: Cocada, Picolé, Chuchu, Macaíba, Micuím, Pixutucho de Mamãe  e por aí vai a criatividade.
O rico quando vai se ausentar por um final de semana (geralmente numa viagem de negócios, afinal, a maioria deles vive pra trabalhar), passa no mínimo quatro dias conversando com o cachorrinho antes de viajar, tentando explicar para o bicho que ele realmente precisa se ausentar, mas que o ama incondicionalmente, (porque eles juram que os cachorros estão entendendo toda a loucura humana deles). Quando chega o dia da viagem, o dono do cachorrinho rico prepara toda a bagagem sua e do totó, afinal o totó tem uma parafernália de bugigangas, caminha e brinquedos que não é brincadeira!
Algumas horas depois, o cachorrinho que iremos chamar de Charlote, para dar nomes aos bois, está linda, penteada e perfumada no hotel próprio pra ela. Com muitas recomendações e promessas de ligar para saber como andam as coisas, o dono de Charlote segue sua viagem de coração apertado.
Agora é a vez do cachorro do pobre, veja como a coisa acontece!
O cachorrinho pobre que iremos chamar de Micuím, também fica sem o dono, pois o mesmo precisa se ausentar pelo menos duas vezes por ano, geralmente para um velório de um parente próximo (isto se ele tiver uma pequena reserva de dinheiro pra custear as despesas da viagem) ou se tiver sorte, ele vai á praia! Ah! Essa viagem a praia eu prometo contar em outro episódio!
Mas, pra não ficar triste, afinal de morte e desgraças, já basta a televisão e o bendito jornal que passa ao meio dia na minha cidade. Aquilo que é uma fonte de emagrecimento, pois se você ousar ligar a TV no horário de almoço perde o apetite instantaneamente, com todas as notícias tenebrosas que o infeliz do reporte apresenta.
Vou contar a vocês um pouco da vida de Micuím e o que acontece quando seu dono vai á praia! Micuím, vive pelo quintal, porque se ousar botar o focinho dentro de casa, leva logo uma bronca, toma banho com sabão de barra, daqueles que é um tablete, claro que não é próprio pra animais, porque não sobra grana pra este luxo.
Sua comida é servida em cumbucas (aqueles recipientes que vem com doce, goiabada, paçoca), sua cama é um tapete velho ou o pano de chão que ele roubou do varal. E quando seu dono vai viajar, grita pra vizinha: “Maria de Bil, tu pode butar o resto de comida pra Micuím amanhã, mulé? É que eu vou pra praia no busão fretado de cumpadre Chico de Bilô! Qualquer coisa, tu joga aí por cima do muro mesmo!”
Micuím e Charlote possuem vidas diferentes, mas o que os diferencia é o tempo que os donos dispensam a eles. Micuím, tem menos etiquetas e mais qualidade. Charlote por sua vez, tem a vida abarrotada de luxo e um dono ausente pelos infindáveis compromissos que mantém o luxo lixo.
Bem, este foi o meu projeto empreendedor do curso, reflexos do que acontece e das necessidades de cada um. Eu precisava de um projeto, Micuím de comida e Charlote de tempo e vocês, de que precisam?
Conversa de Passarinho
22 de Junho de 2013

sábado, 15 de junho de 2013

Lado a lado...

Não devemos tomar para nós a responsabilidade do outro, mesmo que o outro seja um filho querido.
A cada um é dado o seu próprio fardo e cabe a cada carrega-lo pela caminhada que é a vida. Encontrei uma amiga querida no ônibus outro dia, conversamos sobre diversos assuntos, mas percebi que ela estava triste. Perguntei o que estava acontecendo, ela falou que sua filha de 16 anos estava grávida e que ela se sentia culpada pelo que aconteceu. Pois segundo ela, ao passar muito tempo fora trabalhando, deu oportunidade para ela transar e engravidar assim precocemente.
Falei para minha amiga que esta culpa não pertencia a ela. Pois, por mais que amemos nossos filhos e que queiramos protege-los, chega uma hora que eles crescem, fazem suas próprias escolhas e com elas as responsabilidades.
Não será fácil, podemos e devemos estar presente auxiliando no que pudermos, mas não devemos tomar para nós a culpa dos erros de nossos filhos.
Eu engravidei jovem demais, mas a responsabilidade é inteiramente minha. Mesmo que minha mãe tivesse ficado em casa o tempo todo, eu teria dado um jeitinho de sair, porque era a escolha que eu tinha feito.
Escolhi viver e a vida sempre cobra um preço, por isto ela é tão preciosa.
Podemos caminhar lado a lado, amparando quando necessário. Mas, não podemos caminhar no lugar deles.

Conversa de Passarinho
        15 de Junho de 2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Apenas mais um dia pra te amar

Ontem o centro comercial estava lotado! Gente de todas as idades escolhendo presentes para o seu amor. As vitrines carregadas de mimos e corações era um convite ao amor e ao consumismo...
E já que o consumismo é o que move as relações, que possamos consumir carinho, abraços e beijinhos desenfreadamente.
Eu sei meu amigo, você vai dizer que isto é papo de publicitário. Mas, na verdade agente tem necessidade disto. Um dia especial, dedicado ao amor. A vida segue numa velocidade vertiginosa. Acordamos com a mente sempre cheia de compromissos, tentando organizar as tarefas mentalmente. E o dia segue exigindo de nós cada vez mais. E quando a noite finalmente chega, com frequência estamos exaustos, tal qual o guerreiro após a luta.
Diante de tudo isto, por mais que tenhamos alguém especial, a falta de tempo é uma realidade, mas a necessidade de dar e receber carinho não podem ser deixadas de lado.
O dia dos namorados é uma oportunidade de curtir intensamente o seu amor.
Nada impede que você não possa multiplica-los por muitos e muitos dias. Afinal, amor nunca é demais.

Conversa de Passarinho
           13 de Junho de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

A dor que fica



A dor que fica

Quando perdemos alguém não é apenas a dor que incomoda e machuca. É a ausência de respostas que aflige e aperta o coração.
Quem vai calçar aquele tênis sujo abandonado ao lado da cama?
Quem vai deixar a toalha molhada em cima da cama?
Quem vai brincar com o cachorro chamando-o de meu bebe de pelúcia?
Quem vai nos fazer rir com caretas horrorosas e piadas que de tão sem graça, se tornavam engraçadas?
E a pergunta mais importante, quem vai fazer toda esta dor parar?
No último final de semana a filha de uma amiga faleceu prematuramente num acidente automobilístico, a notícia pegou a todos de surpresa. Quando a mãe conseguiu falar a respeito do que havia acontecido, ela disse que a única coisa de que conseguia lembrar era do sorriso de sua filha ao se preparar para sair.
Ela falou também que a ausência era sufocante, pois sua filha havia partido fisicamente, mas o amor e com ele a dor da ausência haviam ficado.
 Perguntas sem respostas sempre estarão presentes a partir de agora nesta família. As mais dolorosas destas perguntas são:
“Porque tudo aconteceu?”
“Quando vou te ver novamente?”
Porque pra quem ama de verdade nem a morte separa eternamente.

Conversa de Passarinho 09 de Junho de 2013