Intimidade...
Segundo o dicionário significa: “amizade íntima,
relações íntimas: viver na intimidade de alguém. Na intimidade, entre íntimos;
no recesso do seu lar.
Já parou para pensar quantas relações intimas
você possui hoje?
Sim, hoje! Pois, amanhã tudo pode mudar...
Ao longo de nossas vidas mudamos nossa linha de
pensamento, nossos gostos, nossa forma de olhar o mundo e também nossas
relações.
A cada nova escolha moldamos o nosso futuro e
também o futuro das nossas relações com as pessoas, ninguém é obrigado manter
relações eternas com ninguém! Esqueça aquele papo pra lá de ilusório do“felizes
para sempre” ou do “até que a morte os separe”! Isso tudo não funciona na vida
real, o que vai fazer com quê uma pessoa queira estar ao seu lado é a afinidade
que possuem e isso é fruto das escolhas de cada um o tempo todo!
Uma relação não é unilateral, mas BI lateral, uma
mão de via dupla, sendo assim não importa o que um faça se o outro não estiver
afim, simplesmente não vai funcionar! (Ps.: não adianta apelar pra macumba e
fazer despacho pra o “amor da sua vida te amar”, porque o máximo que você vai
conseguir é um monte de espíritos possessivo ferrando ainda mais a sua vida.)
O amor é livre e por isso tão belo! Ele reside na
intimidade que só a afinidade pode proporcionar, mas veja bem, isto não quer
dizer que vocês precisem ser uma cópia fiel um do outro para manter a afinidade.
Afinidade não é pensar exatamente como o outro, desejar
as mesmas coisas ou viver da mesma forma, mas mesmo não concordando com o que o
outro faz, ter a capacidade de discernimento suficiente para respeitar tudo
isso no outro e mesmo assim conseguir amar aquele ser pelo que ele representa
para você.
O que uma pessoa representa para a outra se
modifica ao longo do tempo, pois os valores se modificam com as escolhas que
fazemos. Se os nossos valores permanecerem nos mesmos parâmetros dos valores do
outro, nossa relação permanecerá, mas se os valores forem diferentes,
consequentemente nos afastaremos.
Tenho o privilégio de manter algumas amizades bem
antigas (Que beiram as bodas de prata da amizade. (Risos)), que moram em
cidades distantes da minha, das quais não tenho contato diariamente, mas todas
as vezes que nos encontramos ou nos falamos a relação se mantém espontânea e
bela como sempre foi. Não somos semelhantes em pensamentos ou crenças ou estilo
de vida, mas NOS RESPEITAMOS e isso é o que solidifica e perpetua qualquer
relação.
Ao mesmo tempo tenho parentes (gente da minha
família) dos quais os laços não se estendem aos de sangue, pois não há
intimidade, e nem afinidade... Apenas a obrigação de relações sociais.
Afinidade é enxergar no outro o melhor que há em
você.
Luciene Linhares
22 de Junho de 2015