quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
NÃO ABORTE O DIREITO DE UMA MULHER
NÃO
ABORTE O DIREITO DE UMA MULHER
EU
SOU A FAVOR DA DESCRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO!
Eu
conheço a alma humana o suficiente para saber que esta minha afirmação irar
levantar muitos questionamentos sobre quem sou e o que penso! E eu me importo
com isso sim, mas corro o risco porque acredito que todos os meus textos são
convites a um diálogo aberto e sem hipocrisias.
Sim!
Eu tenho duas filhas!
Não!
Eu não programei nenhuma das gestações!
E
ambas me custaram um preço altíssimo! (É a partir deste ponto que convido a
todos que se dispuserem a ler este texto, que o faço com o mínimo de bom senso
e empatia).
Eu
nasci num lar pobre, estudei em escolas públicas e com muito esforço, estudando
em casa, consegui passar para uma boa Universidade. Junto com o resultado do
vestibular veio o resultado de um exame de ultrassom para uma gravidez da qual
eu não esperava.
Eu
tinha ido sozinha ao consultório e quando o médico falou que eu estava grávida,
fiquei em choque. Demorei um tempo para conseguir me mexer e sair da cama. Ele
percebeu e pediu para a secretária trazer água e delicadamente perguntou se eu
era casada e quando falei que não, ele sentou-se ao meu lado e tentou me dizer
os riscos de um aborto e que o melhor que eu tinha a fazer era ter a criança.
Minha
mãe era uma mulher muito dura, ela sempre nos acompanhou e sonhava para nós uma
faculdade e um futuro melhor. Gravidez fora do casamento para ela, era o fim!
Eu
estava desempregada, vivendo na casa de meus pais e sem a mínima condição
psicológica de criar um filho, pois foi algo que NUNCA desejei.
Eu
NUNCA desejei um filho, porque ao contrário do que muitas imaginam, uma criança
requer inúmeros cuidados e abdicações. Eu sabia disso antes mesmo de ser mãe, porque
eu observava as outras mães.
Até
hoje não lembro como voltei para casa depois que sai do consultório, mas lembro
que passei o resto da tarde dentro do meu quarto, imaginando o que fazer.
A
noite, quando meu namorado chegou, conversamos e nos restava duas alternativas.
O aborto ou enfrentar toda a situação para criar o filho que estava no meu
ventre. Ele também tinha passado no vestibular e tinha outros planos para a sua
vida, então, falou com uma enfermeira que ele conhecia e por 60 reais a mulher
disse que conseguiria uma medicação suficiente para induzir ao aborto.
Novamente
voltei para o meu quarto e ponderei os prós e os contra sobre o aborto, lembrei
que há seis meses, a irmã de uma amiga tinha morrido devido uma hemorragia após
utilizar a mesma medicação para aborto.
Decidi
ter a criança, nos casamos no mês seguinte e tocamos nossas vidas com muita
dificuldade.
Quando
minha mãe soube ela ficou triste e com raiva de mim. Eu era citada como exemplo
ruim para as outras: “Você não vai para a festa. Não vai fazer como a sua
irmã...”
Ninguém
quis faz ideia do quanto foi difícil abrir mão do sonho de fazer um curso
superior para viver uma vida regrada e com muitas dificuldades.
Fizemos
o filho JUNTOS, mas apenas A MINHA VIDA PAROU! O meu marido continuou trabalhando,
terminou o curso na universidade e seguiu sem maiores obstáculos.
Eu
fiquei em casa, lavando, passando, cozinhando e tomando conta de nossa filha.
Perdi
as contas de quantas noites perdi cuidando dela. Foram noites inteiras, sentada
ao lado do berço ou da cama, vigiando seu sono enquanto ardia em febre. Foram inúmeras
idas e vindas ao médico.
A
verdadeira dor é a dor de um filho, vê um filho sofrer é o pior sentimento que
podemos suportar. Um acesso a um soro nos custa uma angústia sem tamanho. Quem
é mãe, sabe do que estou falando.
Quando
o filho cresce, vem outras preocupações e todas elas são geralmente jogadas
para a mãe. Quando o filho vai mal na escola ou é mal educado na sociedade,
logo, julgam a mãe. “Esta criatura não tem mãe?”
Eu
amo profundamente as minhas filhas, mas assumo que paguei um preço alto demais
por elas. Eu abri mão de muitos dos meus sonhos por elas. Tive que traçar novas
rotas pra não me perder nesta vida.
Só
quem pagou o meu preço, sabe do que estou falando, então, é muito triste ver
tantos “discursos” hipócritas e machistas nas redes sociais atacando as
mulheres que desejam ter o direito sobre o seu próprio corpo.
É
mais ridículo e hipócrita ainda, ver que as próprias mulheres acusam a sua
classe como única “culpada” de uma concepção “indesejada”!
As
frases “se não quer ter filho, fecha as pernas” é uma aberração a inteligência!
Vocês
realmente acham que a culpa é unicamente da mulher?
É
muito fácil tocar um teclado para emanar ódio e julgamentos desnecessários, difícil
é tocar uma alma com gentileza e empatia suficiente para tentar entender o que
o outro está sentido, o que o fez decidir por um aborto, por exemplo!
Deixa
eu passar uma real para você que é uma fiel defensora da vida que está no
ventre: Esta “vida” é de inteira responsabilidade de quem a carrega e por este
motivo cabe apenas a mesma decidir por levar ou não a gravidez até o final.
Mais
uma real, só de brinde:
Nem
todo mundo tem o mesmo conforto financeiro, psicológico ou familiar capacitado
para receber de braços abertos uma gravidez indesejada!
Há
pessoas que sequer possuem o que comer!
Há
pessoas que possuem outros sonhos!
Há
homens rudes que não usam preservativos!
Há
mulheres com intolerância aos anticoncepcionais!
Há
pessoas que não querem a responsabilidade de filhos!
Para
fazer uma laqueadura a mulher precisa, entre muitos pré-requisitos, a assinatura
do marido, autorizando o procedimento. (E todos nós sabemos que há homens que
são cavalos e não autorizam o procedimento).
E
todas elas fazem SEXO! E como todos nós sabemos, há a necessidade de um homem e
uma mulher para que haja a concepção de um filho. Então, vos pergunto: Porque
apenas as mulheres são responsabilizadas pela concepção?
Porque
são tão julgadas por tentar obter um direito básico: o direito de decidir
quanto ao seu próprio corpo?
Você
que defende o direito a vida, poderia começar pela vida da mulher, que é a
geradora da vida, dando-lhe o direito de dar vida apenas no momento em que se
sentir preparada para isso!
Luciene
Linhares
06
de Dezembro de 2016
domingo, 2 de outubro de 2016
Apenas tenha fé
Apenas tenha fé
Há
exatos dois finais de semana eu fui visitar a Pedra de Santo Antônio que fica
localizado no município de Fagundes na Paraíba. O lugar é simplesmente lindo!
Um presente para os olhos e para a alma.
O
lugar é de acesso fácil, até o meu avô que tem noventa e seis anos foi conosco
e adorou! Levamos lanches e fizemos um pique nique em família, depois cada um
buscou um cantinho que lhe tocava melhor a alma para meditar, acender velas e
quem sabe fazer pedidos...
É
uma área ampla com uma vista de tirar o fôlego, lá tem muitas pedras. Uma delas
carrega uma lenda de que “se alguém conseguir passar pela pequena abertura
entre elas, consegue se casar em breve” (acredito que quase ninguém cogite
passar por essa fenda hoje em dia, não só pelo risco de ficar entalado, como
também pelo fato de que casar já não é objeto de desejo da maioria! Risos). Tem
também uma capelinha, lugares para acender velas e um pequeno quartinho com um
nome escrito na parede branca: PAGADOR DAS PROMESSAS.
É
sobre esse quartinho que quero falar hoje!
Eu
passei um bom tempo olhando e fotografando as coisas que vi lá dentro do
PAGADOR DAS PROMESSAS. Havia muitas coisas mesmo! Violão, bonecas, carrinhos,
várias réplicas de mãos, pés, pernas, braços, cavalos, vacas, bois, fotos de
gente sozinha e de casais, roupas, andejar, cadeiras de rodas e casas.
Acredito
que se estavam ali é porque alguém acreditou o suficiente para que o milagre
acontecesse. Então já parou para pensar na riqueza deste lugar?
Quantas
vidas foram salvas pela fé?
Quantos
sonhos se realizaram pelo simples fato de que acreditaram que eles eram
possíveis!
A
fé é de uma beleza extraordinária! Não importa se o seu milagre vem através de
um pedido a Santo Antônio ou se no silêncio do seu quarto, mergulhado em sua
dor. A sua fé é o diferencial em qualquer circunstância que você se encontre.
Somos
seres diferentes, com crenças e valores diferentes. Mas, isto não impede que verdadeiros
milagres sejam realizados em nossas vidas, não importa o Santo ou Divindade a
qual você irar se apegar na hora da precisão, o que importa de verdade é que
você acredite que o milagre é real, então, nada mais importará, pois você
conseguirá o que deseja.
A
fé é a força viva de Deus dentro de nós, é a chama que ilumina as nossas noites
mais sombrias, por este motivo devemos alimentá-la diariamente com bondade e
confiança.
Que
nos permitamos viver mais milagres, pois eles nos aguardam a todo instante!
Luciene
Linhares
02
de Outubro de 2016
terça-feira, 13 de setembro de 2016
Sonata do desinteresse
Sonata do desinteresse
Ei,
psiu!
Cá
estou eu com minhas ladainhas de relacionamento de novo! Mas, que culpa eu
tenho se nasci com a possibilidade de ouvir! Hehe
Brincadeiras
a parte, lá vamos nós...
Vamos
falar de relacionamentos, pois a vida me proporcionou várias perspectivas sobre
este mesmo assunto, até brinco com as minhas amigas, dizendo que vou cursar
psicanalise para poder cobrar pelo serviço de análise na mesa de minha cozinha,
onde sempre paramos para tomar o café da tarde e queimar a “macharada”!
Novamente
o assunto é RECIPROCIDADE!
Obviamente
que por sermos seres tão distintos, possuímos características e atitudes também
distintas.
Não
vibramos e nem sentimos na mesma frequência que o outro, então, nada mais
natural do que esta divergência se estender também para os relacionamentos amorosos.
A
pessoa que está ao seu lado nem sempre responderá as investidas amorosas que
você tão calorosamente dedicou para ela.
Isso
a princípio cria uma pequena ranhura no sentimento de quem se dedicou e à
medida que o tempo passa e o descompasso marca o compasso da relação, o que era
ranhura, vira abismo. Ferida aberta, profunda e dolorida.
O
tempo continua passando e como todos nós sabemos, marcando o compasso de nossos
dias, sem parar sequer um segundo para que o outro entre no ritmo de nossos
sentimentos. Ao final da sinfonia, a página é virada e assim, uma nova canção
se inicia.
E
é exatamente neste momento que você deve observar se a reciprocidade marca o
compasso de sua relação, pois é detalhe que define o sucesso ou o fracasso de
qualquer relação. Você jamais encontrará alguém que responda aos seus estímulos
de forma sincronizada, isso não é novidade, mas, se você está ao lado de alguém
que não dá a mínima para o que você tem pra dizer. Alguém que fica online por
anos luz no whatsapp, mas sequer, se dá ao trabalho de te dar um “Oi”. Alguém
que não se preocupa em perguntar como você está se sentindo, ou mesmo, como foi
o seu dia. Alguém que só lembra que você existe quando a necessidade aperta, o
desejo aparece ou a conveniência obriga...
Pule
fora! Vire a página! Reescreva outra música para a sua vida. Por que ninguém
precisa passar a vida inteira ouvindo o desafino de desculpas esfarrapadas.
Não
existe falta de tempo ou de oportunidade, para quem realmente quer fazer parceria.
O que existe é teatro de máscaras escondendo falta de vontade.
Luciene
Linhares
12
de Setembro de 2016
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Mulher burra x Mulher inteligente
Mulher
burra x Mulher inteligente
O
título desse texto não condiz bem com o assunto que quero abordar, mas no fundo,
bem lá no fundo, vocês entenderão a conexão dele com o texto em si.
Inicialmente
eu pensei em colocar como título o seguinte: “Mulher burra namora mais”, mas
percebi que isto poderia gerar uma série de interpretações errôneas sobre o que
eu realmente quero dizer.
Uma
das possíveis interpretações errôneas era a de que seria uma vantagem ser
burra, pois iríamos namorar “mais”, ou que mulher inteligente é tão chata que
não consegue manter-se num relacionamento, mas não é isso que eu quero dizer.
A
verdade é que uma mulher inteligente consegue ler nas entrelinhas deixadas
pelos cafajestes, as suas reais intenções, que na maior parte das vezes, é
fazer dela um mero objeto de prazer e satisfação pessoal. E quando falo isso
não me refiro apenas ao sexo, mas a vida como um todo. Tem homem que conquista
uma mulher não porque a ama e deseja ser feliz ao lado dela, mas pela
conveniência de ter um ser humano que eles consideram “apresentável”, algo
satisfatório o suficiente para fazer a foto do Natal com a família e amigos, e
nada mais.
Quando
o flash da conveniência se apaga, essas mulheres são deixadas de lado até o
próximo evento fotográfico surgir.
Uma
mulher inteligente não permite que o relacionamento fique acima de sua
felicidade, não se põe em último lugar na escala de importância. Ela costuma
ouvir a sua intuição, essa voz maravilhosa que teima em nos dizer o que nem
sempre queremos ouvir.
Uma
mulher inteligente sabe que uma atitude vale mais do que mil palavras, e que o
perigo se esconde no silêncio do que não foi dito. Por todos estes e tantos
outros motivos que eu poderia passar o dia citando, uma mulher inteligente vai
repensar muito antes de se envolver com alguém, porque ela sabe que é melhor
estar sozinha do que numa solidão acompanhada.
A
mulher burra tem dificuldade de entender que os “Eu te amo” quase sempre querem
dizer “Vou só te comer” e nessa dificuldade de entendimento ela vai se doando e
se perdendo até o ponto de não se reconhecer mais. E assim ela sai pulando de
relacionamento em relacionamento, buscando em cada corpo um pedaço do seu
coração partido e repartido. E assim, terá muitos “namoros” pra pouca emoção.
Luciene
Linhares
05
de Setembro de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Não perca um pedaço de você para tentar consertar um coração de alguém.
Não perca um pedaço de
você para tentar consertar um coração de alguém.
Há
alguns dias eu estava conversando com uma amiga virtual e ela me contava sobre
a dificuldade que enfrentava no momento, sua angústia era em decorrência da
solidão.
Ela
me falou que há muitos anos estava sozinha, mas que agora sentia a necessidade
de encontrar alguém que pudesse lhe oferecer um amor. E ela queria mais, queria
um amor igual ao dos pais dela, que conforme ela falou, era uma amor verdadeiro
e feliz. Sem traições ou discussões mais acirradas, afinal, todo casal tem suas
briguinhas.
Eu
a escutei pelo fato de saber o quanto é importante para cada um de nós ser
ouvido num momento de aflição, afinal, não calculo às vezes em que a única
coisa que eu mais queria, era desabafar e para isso recorria aos amigos, reais
ou virtuais.
Nos
faz bem saber que temos alguém, nem que seja para contar que quebrou uma unha
tentando abrir uma lata de ração pra gato, vai que você goste da unha e aquela perda
a tenha deixado triste. Um amigo é um porto seguro para os dias nublados, mas
assim como os amores, eles estão cada vez mais raros.
A
moça narrou o quanto tinha vagado por alguns sites de relacionamento em busca
de um amor. E eu a alertei dos riscos que se escondem por trás de muitos lobos
em pele de cordeiro. Mas, também não pude ocultar-lhe que já fiz um noivinho
para um casamento que partiu do virtual e que uma de minhas melhores amigas casou
com um cara que conheceu na internet. Tudo tem o seu lado bom e ruim, cabe a
nós ficarmos alertas para que assim, não caiamos em ciladas.
Até
que ponto seria bom se houvesse um manual de relacionamentos?
Porque
a regra geral desse lance de amor é que não há regras! Uma hora acontece e
ponto final. Surge de onde você menos espera e da forma mais absurda que possa
parecer, mas surge.
E
por não existir regras, vale lembrar que forçar uma regra não vai adiantar!
Tentei
expor isso para ela quando a mesma relatou que estava interessada em um cara
que há tinha deixado no vácuo quando ela fez um convite para se conhecerem
pessoalmente e que só duas semanas depois ele voltou a falar pelo whatsapp com
uma desculpa esfarrapada de que estava sem dinheiro para sair com ela. E logo
depois afirmou que o motivo pelo qual não tinha ido ao encontro era porque ele
estava saindo com outra pessoa e que estava gostando da moça.
A
cara amiga virtual ficou destruída, pois ele alimentou um sentimento para ter o
prazer de destruir de forma cruel depois. Os dias foram passando e ela disse
que conheceu dois novos rapazes que se mostravam legais, mas que ela ainda
pensava no outro que a desprezou.
A
ligação que ela estabeleceu com esse cara foi tão grande que ela certo dia
sentiu um aperto no peito e uma vontade enorme de chorar e em seus pensamentos
só vinha a imagem dele. Então, ela fez a primeira das burradas: Procurar quem
não te procura!
A
segunda burrada: Servir de travesseiro para curtir a sofrência dele.
Ela
acredita que fazendo isso irá conquista-lo, mas quem já passou por experiências
parecidas sabe bem no que isso termina. Um belo pé na bunda com a bonita
explicação de que: Você é boa demais para mim, eu não mereço você. A tradução
para isso é: Você foi uma babaca por acreditar que eu poderia amalá-la apenas
porque você curou minhas feridas.
Não
tente colar um coração quebrado, pois para consertar o que foi arrebentado, um
grande pedaço de você pode usado na reconstrução do outro e no lugar deste
pedaço, restará um vazio cada vez mais ampliado pela ingratidão e falta de
interesse.
Se
curar ferida trouxesse grande amores, todos os enfermeiros e enfermeiras do
universo eram bem revolvidos no amor. Todos dariam seus corações para eles,
pelo fato de serem gratos por aliviarem suas dores, que muitas vezes vão além
das físicas. Enfermeiro é uma classe admirável de seres que se doam em prol do
outro, nasceram para servir, mas possuem a consciência de que não serão ressarcidos
pelo bem que fizeram, pois até no salário são injustamente rebaixados e
desvalorizados.
Imagine
o que você irá ganhar em troca de um trabalho tão duro que é o de curar uma
alma ferida?
Nunca
tente colar um coração partido, pois quando eles são restaurados, o proprietário
costuma entrega-los para a primeira idiota que aparece.
Procure
alguém inteiro, quem gosta de pedaços e migalhas são restauradores de móveis e
eles costumam cobrar muito caro, pelo serviço e quando tudo está em ordem eles
vendem a peça consertada por um preço no mínimo cinco vezes maior do que o
valor que pagaram.
Luciene
Linhares 26 de Agosto de 2016
domingo, 21 de agosto de 2016
Quem é você para julgar?
Quem
é você para julgar?
Meus
caros amigos, voltarei novamente aquela velha e já tão batida questão que eu insistentemente
escrevo aqui: PRECISAMOS PARAR DE COLOCAR A CULPA DOS NOSSOS ATOS EM DEUS OU NO
DIABO!
Na
última quinta-feira uma mãe assassinou com cinquenta facadas o filho de seis
anos de idade. A cidade inteira ficou em choque não só pela brutalidade com que
o crime foi cometido, tendo em vista que, foram, segundo a perícia, cinquenta
facadas em uma criança, mas também pelo fato do crime ter sido cometido pela
mãe do mesmo.
Quando
a notícia estourou nas redes sociais, uma enxurrada de ameaças e dicas de como
ela deveria ser torturada e morta surgiu dos mais “calmos e delicados” seres da
sociedade, afinal, é sempre muito fácil expressar o que há de pior nas redes
sociais. Comentários nada sutis de que ela estava endemoniada e que por isso
matou filho também não faltou.
Em
um dos comentários, vi o apelo entristecedor de um rapaz que se dizia primo da
mãe do garoto morto e ele pedia respeito pela família que estava sofrendo
demais, primeiro pela perda, depois, por não entender como uma mãe tão amorosa
como ela, podia ter feito uma atrocidade destas.
Os
jornais também noticiaram que há oito anos ela teve um surto psicótico e que
foi internada em um dos hospitais especializados da cidade, mas que depois
disto se mantinha uma pessoa lúcida e calma. Ainda na mesma matéria, disseram
que o garoto morto era uma criança autista.
Na
verdade, não conheço a família ou a veracidade de todos os fatos, pois como
expliquei acima, todos os dados que estou repassando aqui, foram retirados dos
vários jornais online que li, mas convido vocês a uma reflexão:
1º
Caberia a nós julgar que ela estava endemoniada, culpando uma entidade
espiritual por um ato humano, desconsiderando todos os fatores que poderiam
estar por trás dessa tragédia?
2º
Uma pessoa que teve um surto psicótico
teria capacidade de cuidar sozinha de uma criança autista? (Porque em nenhum
momento falou-se da presença de um pai na vida desta criança, mas que ela
morava sozinha com a mãe em um pequeno quartinho alugado nos fundo de uma
casa).
3º
Em que condições financeiras e psicológicas essas duas criaturas viviam? (Será
que isso não foi também um agravante para que a tragédia acontecesse?).
É
muito fácil apontar o dedo para as pessoas dando-lhes julgamentos impiedosos
com o pretexto de que foram motivadas pelo diabo. Difícil é se por no lugar do
outro, enxergando com olhos além do nosso próprio umbigo.
Haverá
quem pense que eu estou defendendo uma criatura das trevas que matou o seu
próprio filho, quando estava possuída pelo demônio, mas não é isso que eu quero
passar. O que quero dizer é que tenho duas amigas que possuem filhos autistas e
que para não enlouquecerem, pois os filhos delas são superativos, tiveram que
fazer terapia também. Tiveram que ter apoio da família e do pai para dividir
com elas o fardo de um filho autista. Sim, um fardo, porque romantizar a
patologia, não diminuirá o trabalho e atenção que ela exige.
As
crianças autistas que conheço vivem em um mundo particular e que na maioria das
vezes não toleram bem o convívio com a sociedade, pois se apavoram e se agitam
ainda mais. Isso faz com que a vida dos pais dessas crianças seja muito reclusa
e cheia de desafios. Quando a família é unida e tem condições financeiras para
lidar com esta criança adequadamente, tratando com os respectivos
especialistas, que incluem terapeutas, psicólogos e fonoaudiólogos a vida é bem
mais fácil e tragédias como essa são evitadas.
Agora
tente se por no lugar desta mãe, que já tinha um problema psicológico e que
sozinha, convivia com uma criança autista.
Luciene
Linhares
21
de Agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
MARIDO/NAMORADO 100 % SAFADÃO
MARIDO 100
% SAFADÃO
Eu
sei que você se sente “O CARA” em alguns momentos, se sente o verdadeiro
malandro quando inventa uma desculpa esfarrapada para a sua esposa ou namorada
e ela mesmo desconfiada, prefere engolir o teu sapo do que te perder, porque
até então o que ela sente por você é maior do que o que ela sente por ela
mesma.
É
muito massa dar aquela fugidinha arriscada pra encontrar com a amante, só de
pensar nos momentos picantes que terão, você já fica do jeito que o diabo
gosta. Você sabe que ela vai estar com uma lingerie lindíssima que comprou “especialmente”
pra usar com “você”, a pele dela estará hidratada e delicadamente perfumada só
para te agradar. As unhas, o cabelo, a maquiagem e a depilação, tudo feito para
você! A sua amante é perfeita! Ela não briga porque você não pode atender na
hora que ela ligou, porque ela é imensamente compreensiva ao ponto de saber que
você, pobre coitado, não atendeu porque a “Maria encrenca” (estes é um dos
delicados apelidos que os homens dão para as suas companheiras) estava do lado.
Ela não vai fechar a cara quando você começar a falar de sua companheira,
afinal, você precisa desabafar todo o seu sofrimento dentro da relação sem amor
e compreensão na qual você se encontra aprisionado (aqui entra um monte de
desculpas, que vão desde: “não posso deixar meus filhos”, até o “ela é uma
mulher doente e precisa de mim, pois ela pode se matar, caso eu a deixe”). Sua
amante vai te ouvir com todo o amor e carinho que ela puder expressar. Ela vai
te aconselhar a agir de forma mais bondosa com sua esposa, vai ficar “triste”
por estar envolvida neste tipo de relação e em vários momentos ela se culpará
por te amar tanto e não conseguir tirar você do frágil coraçãozinho dela. E
você, malandrão, vai acreditar, afinal, ninguém te engana! Você é o “Cara”!
Com
o passar do tempo sua esposa parecerá cada vez mais chata, feia e exigente aos
seus olhos. Seu celular é uma extensão de seu corpo e quando você está em casa,
terá sempre o cuidado de deixa-lo no silencioso com mensagens de status no
whatsapp que variam entre “Trabalhando” e “Em casa”, um código “binário” da
pilantragem para a sua amada amante saber quando ligar.
O
seu mundo é perfeito até você cruzar os batentes de sua própria casa, pois nela
há alguém que você não gosta nem de olhar, sua esposa. Aquela mulher feia e mal
humorada que vive tentando entrar na sua privacidade. Veja só! Que coisa mais
sem noção a dela! Querer entrar na privacidade de um safadão vivido como você!
É
aí que você coloca mais uma de suas mascaras e entra em casa com um sorriso no
rosto e finge que tá tudo bem, finge que gosta dela e se você realmente for o
safadão, você fingirá tão bem que a ama que ela irá acreditar. Você dirá que o
trabalho o prendeu até tarde e que o chefe é um sacana, mas que só não deixa
essa droga de trabalho, porque precisa cumprir com as obrigações da casa,
dando-lhe tudo do bom e do melhor, porque ela merece. E ela irar acreditar...
E
você irar beijá-la, pensando na outra para poder ter uma ereção suficiente pra
encarar o jogo em casa. E a noite vai passar, o dia chegará e tudo irar se
repetir...
Agora
o que você não sabe é:
A
tua amante já usou aquela lingerie com outros mais interessantes que você. Por
tabela, a make, a pele, o cabelo e a depilação também fazem parte do pacote
disponível para outros. Você não é o safadão exclusivo, fofo!
A
tua amante não é compreensiva, porra nenhuma! Ela fica calada ouvindo você
falar de sua companheira para poder observar os pontos fracos da outra e não
cometer os mesmo erros com você (pelo menos enquanto ela for a amante).
A
tua amante é uma atriz tão boa ou melhor que você, então a mascara de boazinha
e compreensiva e culpada pela infelicidade do casal é parte do plano pra te
fragilizar, enxergando-a como a mulher perfeita, aquela que você sonhou por
toda a vida.
Se
você tiver grana, a tua amante irá investir pesado na atuação, afinal ela é boa
jogadora e não gosta de ficar no time reserva, ela sabe que o time titular tem
muitas regalias (financeiras), e por falar nisso, este é o motivo pelo qual ela
está com você, safadão!
Se
você for pobre, a tua amante irá arrancar de você, até o que você não tem e
depois ela irá te trocar por um safadão melhor. E sabe o que ela vai te dizer
quando isto acontecer? Ela vai dizer que não quer viver uma vida de erros e que
você deve voltar para a sua esposa porque é o melhor pra você e que ela agora
quer dar um direcionamento diferente pra vida dela, porque ela foi iluminada
pelo amor fraterno e quer o melhor para você e sua família.
Agora
vamos as suposições e suas reais consequências:
OPÇÃO
1 – Você troca sua companheira chata, feia e abusada pela “mulher perfeita”,
assim que colocarem os trapinhos juntos, ela terá que tirar a mascara de mulher
perfeita para viver o de mulher real, aquela que tem TPM e acorda com ódio do
mundo e não se depila, não quer sequer ouvir a voz de ninguém, inclusive a sua
voz gasguita. Ela irar te bombardear com questionamentos e acusações ainda mais
violentas que a tua ex porque ela sabe exatamente quem é você, o safadão, mau caráter
e enganador, então ela não irar te dar mole e sua vida será um inferno.
OPÇÃO
2 – Você leva um fora de sua amante e sua esposa descobre tudo. Ela pode te
aceitar o chifre por vários motivos que já citei em outra crônica, mas tenha a
certeza de que aquela mulher que te amava, morreu. No lugar dela ficou uma
mulher que te tolera por algum motivo.
OPÇÃO
3 – Sua mulher descobre e você jura que é tudo mentira, ela não acredita. Você
por fim assume que a traiu, mas jura que nunca mais fará novamente e continua
com sua amante, mas tendo mais cuidado pra não serem descobertos. Sua esposa
aceita seu pedido de perdão e tudo parecerá perfeito pra você, mas saiba que o coração
de uma mulher traída é oceano com placas tectônicas e quando menos você
esperar, ela se erguerá como um tsunami em sua vida e não restará nada do que
foi um dia.
Luciene
Linhares
19
de Agosto de 2016
Caçando piolhos no lugar de pokémom
Caçando piolhos no
lugar de pokémom
Há poucos instantes eu estava no Facebook com
uma amiga de infância, da qual passei anos sem ter contato, mas que pela
oportunidade das redes sociais nos reencontramos e embora divergirmos em muitos
assuntos, entre eles a visão religiosa que possuímos, nos damos muito bem,
conversamos sobre todos os assuntos e temos a delicadeza que só a educação e o
respeito é capaz de proporcionar as pessoas. Quando em uma discussão percebemos
que não mudaremos o pensamento uma da outra, simplesmente, admitimos a
diferença e mudamos de assunto, sem insistências desnecessárias que poderiam nos
levar a uma discussão mais acirrada e quem sabe até, a um desentendimento.
O conteúdo da conversa de hoje iniciou-se
quando postei uma foto na qual comparavam a caça de piolhos com a de pokémom
(este jogo que virou febre).
Minha amiga viu a postagem e através dela
fizemos uma viagem pelo passado e por tudo que nos fez tão felizes quando
crianças. Ela falou que a mãe dela tirava tudo com um pano branco e álcool,
este método eu desconhecia, pois minha mãe era mais de pente fino mesmo, ela
nos sentava no final da tarde no terraço da casa e começava a caça aos “Poképiolhos”
e não sossegava até não encontrar nenhum bichinho bandido de sangue.
O horário que minha mãe escolhia para caçar os “Poképiolhos”
coincidia com o meu momento de diversão que era o fim de tarde, antes do sol se
por, pois, tínhamos horários para sair e para voltar. e cumpríamos com exatidão
este horário pré estabelecido, na certeza de que a desobediência nos custaria a
perda da liberdade do outro dia ou mesmo uma chinelada das “boas”.
Minha amiga vivia esta mesma liberdade que nos
causa tanto saudosismo e foi pensando nisto que pudemos ver o quanto nossos
filhos perderam com o quanto nossos filhos perderam com a evolução tecnológica
e comunicacional. Isto sem falar no aumento da violência.
Nós não possuíamos celulares ou computadores,
mas nossa comunicação era intensa e feliz. Conhecíamos todos os nossos
vizinhos, nos divertíamos juntos, estourávamos os joelhos em quedas de
bicicleta e perdíamos a cabeça dos dedões nas pedras pelo meio do caminho, mas
não perdíamos a capacidade de levantar e recomeçar. Éramos mais felizes e livres
que as crianças de hoje.
É certo que a violência gerou essa gaiola para
nossos filhos, não podemos mais correr o risco de deixa-los andando de
bicicleta no final de tarde, porque na melhor das hipóteses eles ficarão sem a
bicicleta.
Os nossos filhos são como pássaros engaiolados
comparados a liberdade que possuiamos. Me pergunto até que ponto podemos
considerar “evolução” o que vivenciamos hoje em dia?
Deu até saudades dos piolhos! A gente deixa a
felicidade passar e só depois se dá conta que esteve frente a frente com ela!
Luciene Linhares
19 de Agosto de 2016
sábado, 13 de agosto de 2016
Tipos de pais
Tipos
de pais
Há
dois anos eu fiz uma crônica para o dia dos pais no qual exaltava o valor de TODAS
AS MÃES QUE SÃO PAI E MÃE. Todo este tempo passou, mas o que tenho observado é
que continua cabendo as mães o papel de criação dos filhos. A sociedade
continua machista e não seria o meu texto que faria ela mudar em dois anos!
PAI
SALÁRIO MINIMO – aparece uma vez por mês para pagar as contas
A
começar pela minha experiência como filha, meu pai sempre viajou muito e coube
a minha mãe a difícil tarefa de educar três filhas. Era ela quem puxava nossas
orelhas quando fazíamos algo errado, era ela que cuidava da gente quando estávamos
doentes e por ela e para ela nós nos tornamos pessoas de bem, com virtudes e defeitos
como todo ser humano, mas com princípios que nos fazem caminhar por esta vida
sem que para isso tenhamos que ser motivo de vergonha para ela.
Minha
mãe é a responsável por todas nós chegarmos à universidade (mesmo ela não tendo
terminado o ensino fundamental), pois ela semeou em nossos corações a certeza
de que só a educação pode fazer um ser humano vencer na vida.
Estudávamos
em escolas públicas, mas nosso desempenho sempre foi bom, nossa conduta também,
pois sabíamos que se fizéssemos algo de errado, ela estaria lá para cobrar o
preço, e o preço dos erros não diminuem ao longo dos anos, acreditem.
Meu
pai é um bom homem, dono de um senso de humor e inteligência que eu não vejo em
ninguém mais. É uma daquelas pessoas que não passam despercebidas, devido sua
eloquência na fala e gestos. Ele gesticula demais quando tá contando seus
causos. É também um homem de bom coração, perdoa facilmente, talvez porque
sempre teve a certeza de que precisava perdoar para ser perdoado (isso eu não
herdei dele, vingança, chegou e aqui ficou). É uma criatura que adora fazer
favor, pode pedir que ele tá lá a disposição, ele quem resolve as minhas mudanças
de fechadura, torneira e móveis. É o famoso Severino faz tudo. Devo-lhe muitos
favores quanto a isto.
Mas,
ele não foi o pai que as propagandas pregam por aí, foi um bom provedor da
manutenção da casa, honrou com seus compromissos financeiros, mas a minha mãe é
e sempre será à base de nossa família. O farol que nos guiou pela vida, ela
estava sempre lá para nós.
Minha
mãe, assim como muitas de nós, abriu mão de seus sonhos e dela mesma para
cuidar de nós, ela estava sempre lá.
Tenho
profundo respeito por mães que conheço as quais os “pais” cumprem o papel de
deixar a pensão no fim do mês e que mal possuem interesse de ver os filhos no
final de semana. Se eles não querem ver no final de semana, que direito possuem
de exigir algum afeto ou respeito dos filhos depois?
O
machismo faz com que grande parte dos homens se achem “bons pais” porque pagam
a droga da pensão em dia! Fala sério! Em geral a merreca mal paga os biscoitos
que as crianças comem durante o mês e o cara ainda se acha o bam bam bam porque
“pagou”!
Alguns
são tão hipócritas e sem amor que se recusam a ficar com os filhos no final de
semana, alegando que não possuem tempo ou porque não vão bancar a babá para os
filhos, enquanto a ex cai na farra no final de semana. (Acreditem, existe este
tipo de “pai”).
PAI
TORCEDOR – é aquele que acha que filho é um jogo de futebol no qual você olha
como tá o placar e se tiver perdendo você joga a culpa para o treinador (mãe)!
Este
tipo de pai é um dos piores, pois ele se omite totalmente na educação dos
filhos, as vezes ele até ajuda a deseducar a criança, mas quando algo dá errado
ele vem com um quente e dois fervendo para a pobre da mãe, questionando-a se não
estava vendo isto acontecer (muitas destas mães passam o dia no trabalho e
quando chegam em casa ainda enfrentam a terceira jornada que é a de dona de
casa e mãe, elas deixam seus filhos nas escolas, com parentes ou mesmo em
creches para poder sobreviver, pois o dinheiro da pensão não dá pra nada e além
de toda responsabilidade com os filhos elas ainda tem que lutar para manter o
sustento.
Por
tantas injustiças que tenho visto ao longo de minha vida, não consigo seguir
com a boiada hipócrita imposta pela sociedade endeusando um pai que só existe
para aumentar as vendas fracas deste período do ano. Pra mim, as mães são as
verdadeiras merecedoras de toda atenção, afeto e respeito. Porque na esmagadora
ocasiões de nossas vidas, são elas que excedem os seus limites para serem pais
e mães (Pães).
Aos
raríssimos casos de homens que seguem o caminho inverso ao que citei por aqui,
meu respeito e honra. Precisamos de mais pais de verdade e menos Pães, pois as
mulheres já carregam pesos demais neste mundo insano para ter que suprir a
necessidade negligenciada pelos homens.
Que
o domingo seja de reflexão, e que os homens possam parar para analisar que um
filho é um bem precioso, uma semente que Deus colocou na mãos de ambos na
concepção e que por isto é dever de ambos, nutrir e cuidar da melhor forma
possível o que foi-lhes dado.
Luciene Linhares
13 de Agosto de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Carta para uma mulher que foi traída
Carta
para uma mulher que foi traída
Esta
carta é a forma que encontrei para dizer algumas coisas para uma amiga querida
que passa pela dor da traição e também para que ela chegue a tantas outras
mulheres que hoje sentem esta dor esmagadora.
Minha
cara, o que você hoje passa eu também já passei um dia, sei exatamente como
você está sentindo, embora já tenha percebido que as reações a este tipo de
sofrimento diferem muito de uma mulher para outra.
Muitas
preferem silenciar suas dores, esconder dos familiares e amigos a conduta errônea
do companheiro, talvez na esperança de que ele mude, ou que tudo seja apenas um
terrível engano... Quisera fosse!
Outras
estouram, jogam a merda no ventilador e desmascaram o traidor, mostram para
todos os amigos e familiares que a pessoa com quem elas se casaram não existe
mais. No lugar do ser amado, agora existe um rascunho mal acabado de alguém que
você desconhece, mas que por inúmeros motivos irá que dividir a cama, não necessariamente
a vida, afinal, só dividimos nossas vidas com pessoas as quais confiamos.
Como
citei no outro texto a respeito de traição, é muito complicado permanecer numa
relação após uma apunhalada. Perdoar é algo que está muito acima da nossa
capacidade humana no momento do sofrimento. O que até então era um porto seguro
para você, passará a ser uma imenso mar de lama podre do qual você terá que
caminhar tendo o imenso cuidado para não escorregar no que parece ser uma pedra
de salvação.
O
caminho é tortuoso, escuro e totalmente sem garantias.
O
clichê de que “se conselhos fossem bons, seriam vendidos e não doados” caiu por
terra no momento que muitas pessoas escrevem seus livros de autoajuda e ganham
rios de dinheiro com isso, então vou contrariar o clichê e vou dar-lhes alguns
conselhos:
O
idiota que te traiu é o único responsável pela traição, não você. Então, não
busque desculpas para um erro que NÃO É SEU. Eu sei que num primeiro momento
ficamos a nos interrogar se a traição foi motivada por nossa desatenção com o
imprestável (por dedicarmos quase que todas as horas de nossa vida a cuidar dos
filhos, casa e trabalho (trabalho este que servia para ajudar a financiá-lo com
as idas aos motéis mais caros da cidade));
Não
é o seu excesso ou falta de peso que fez com quê ele procurou outra mulher;
Não
é a sua performance na cama que motivou o traste a procurar outra mulher. Sabe por
quê? Porque o homem faz a mulher e a
mulher faz o homem, então se você tem um grosseirão que te procura na cama, como
quem liga uma velha máquina de lavar, sempre mexendo nos mesmos botões, sem se
dar ao trabalho de ver sequer se o nível de água é adequado para colocar o
trapinho dele pra lavar, não deve esperar que ela faça nada além do esperado. Uma
Ferrari na mão de quem não sabe dirigir é um objeto sem uso... A culpa não é da
Ferrari, mas do “não condutor”, sacaram?! OBS.: A partir desta linha de raciocínio,
lembrem-se que há bons pilotos por aí loucos por uma Ferrari! Capiche?!!!
Depois
de meditar sobre tudo que falei acima, vamos a outra questão bem interessante!
A
do “perdão”... (...)
Perdoar,
todas nós sabemos que não vai rolar MESMO! Mas, para o bem geral da nação
(filhos, dependência financeira e/ou emocional), você resolve continuar na
relação, então, amiga, ACORDE! O homem que você amava não existe mais! O
rascunho que você recebeu em troca não merece a mesma mulher que ele apunhalou,
ok?
Se
ame, se respeite, se enxergue como o ser maravilhoso que você é e mostre para
este rascunho, que você não é a mesma trouxa que ele passou para traz. Coloque-se
em primeiro lugar e já que optou por permanecer, não faça corpo mole. Não
permita que a traição vire rotina. Converse e exponha suas exigências. Sim,
suas exigências para que possam continuar a seguir juntos.
Celular
não é um órgão para que o sacana o mantenha sempre colado ao corpo, sigilos e
privacidades depois de uma traição são questões fora de cogitação. Quem não
deve não teme, então, se ele por acaso jura fidelidade para todo o sempre a
partir deste momento, não há porque mistérios, não concordam?
Eu
sei que muitos homens ao ler isso irão achar um abuso de privacidade, mas
queridinhos, quem quer ter privacidade absoluta NÃO DEVE CASAR E MUITO MENOS
TRAIR, pois ao trair, você ganha de brinde, não só uma amante, mas um sensor de
rastreamento de mentiras e afins, chamado DESCONFIANÇA.COM. Este sensor
funciona em tempo integral, 365 dias por ano, incluindo os sábados, domingos e
feriados.
Muitas
de nós nos dedicamos a família de tal forma, que acabamos por esquecer a mulher
que um dia fomos. Esquecemos nossos sonhos, nossas aspirações e até nossa
vaidade. A traição é uma ótima oportunidade para resgatarmos o nosso eu. O
nosso amor próprio.
Invista
em você, nos seus estudos, no seu corpo e na sua mente. Fortaleça-se para esta
nova etapa de sua vida e esteja atenta para que a traição não vire rotina e que
a infelicidade seja uma constante.
Espero
que esta carta às possa ajudar!
Com
carinho,
Luciene
Linhares 30 de Julho de 2016 Carta
para uma mulher que foi traída
Esta
carta é a forma que encontrei para dizer algumas coisas para uma amiga querida
que passa pela dor da traição e também para que ela chegue a tantas outras
mulheres que hoje sentem esta dor esmagadora.
Minha
cara, o que você hoje passa eu também já passei um dia, sei exatamente como
você está sentindo, embora já tenha percebido que as reações a este tipo de
sofrimento diferem muito de uma mulher para outra.
Muitas
preferem silenciar suas dores, esconder dos familiares e amigos a conduta errônea
do companheiro, talvez na esperança de que ele mude, ou que tudo seja apenas um
terrível engano... Quisera fosse!
Outras
estouram, jogam a merda no ventilador e desmascaram o traidor, mostram para
todos os amigos e familiares que a pessoa com quem elas se casaram não existe
mais. No lugar do ser amado, agora existe um rascunho mal acabado de alguém que
você desconhece, mas que por inúmeros motivos irá que dividir a cama, não necessariamente
a vida, afinal, só dividimos nossas vidas com pessoas as quais confiamos.
Como
citei no outro texto a respeito de traição, é muito complicado permanecer numa
relação após uma apunhalada. Perdoar é algo que está muito acima da nossa
capacidade humana no momento do sofrimento. O que até então era um porto seguro
para você, passará a ser uma imenso mar de lama podre do qual você terá que
caminhar tendo o imenso cuidado para não escorregar no que parece ser uma pedra
de salvação.
O
caminho é tortuoso, escuro e totalmente sem garantias.
O
clichê de que “se conselhos fossem bons, seriam vendidos e não doados” caiu por
terra no momento que muitas pessoas escrevem seus livros de autoajuda e ganham
rios de dinheiro com isso, então vou contrariar o clichê e vou dar-lhes alguns
conselhos:
O
idiota que te traiu é o único responsável pela traição, não você. Então, não
busque desculpas para um erro que NÃO É SEU. Eu sei que num primeiro momento
ficamos a nos interrogar se a traição foi motivada por nossa desatenção com o
imprestável (por dedicarmos quase que todas as horas de nossa vida a cuidar dos
filhos, casa e trabalho (trabalho este que servia para ajudar a financiá-lo com
as idas aos motéis mais caros da cidade));
Não
é o seu excesso ou falta de peso que fez com quê ele procurou outra mulher;
Não
é a sua performance na cama que motivou o traste a procurar outra mulher. Sabe por
quê? Porque o homem faz a mulher e a
mulher faz o homem, então se você tem um grosseirão que te procura na cama, como
quem liga uma velha máquina de lavar, sempre mexendo nos mesmos botões, sem se
dar ao trabalho de ver sequer se o nível de água é adequado para colocar o
trapinho dele pra lavar, não deve esperar que ela faça nada além do esperado. Uma
Ferrari na mão de quem não sabe dirigir é um objeto sem uso... A culpa não é da
Ferrari, mas do “não condutor”, sacaram?! OBS.: A partir desta linha de raciocínio,
lembrem-se que há bons pilotos por aí loucos por uma Ferrari! Capiche?!!!
Depois
de meditar sobre tudo que falei acima, vamos a outra questão bem interessante!
A
do “perdão”... (...)
Perdoar,
todas nós sabemos que não vai rolar MESMO! Mas, para o bem geral da nação
(filhos, dependência financeira e/ou emocional), você resolve continuar na
relação, então, amiga, ACORDE! O homem que você amava não existe mais! O
rascunho que você recebeu em troca não merece a mesma mulher que ele apunhalou,
ok?
Se
ame, se respeite, se enxergue como o ser maravilhoso que você é e mostre para
este rascunho, que você não é a mesma trouxa que ele passou para traz. Coloque-se
em primeiro lugar e já que optou por permanecer, não faça corpo mole. Não
permita que a traição vire rotina. Converse e exponha suas exigências. Sim,
suas exigências para que possam continuar a seguir juntos.
Celular
não é um órgão para que o sacana o mantenha sempre colado ao corpo, sigilos e
privacidades depois de uma traição são questões fora de cogitação. Quem não
deve não teme, então, se ele por acaso jura fidelidade para todo o sempre a
partir deste momento, não há porque mistérios, não concordam?
Eu
sei que muitos homens ao ler isso irão achar um abuso de privacidade, mas
queridinhos, quem quer ter privacidade absoluta NÃO DEVE CASAR E MUITO MENOS
TRAIR, pois ao trair, você ganha de brinde, não só uma amante, mas um sensor de
rastreamento de mentiras e afins, chamado DESCONFIANÇA.COM. Este sensor
funciona em tempo integral, 365 dias por ano, incluindo os sábados, domingos e
feriados.
Muitas
de nós nos dedicamos a família de tal forma, que acabamos por esquecer a mulher
que um dia fomos. Esquecemos nossos sonhos, nossas aspirações e até nossa
vaidade. A traição é uma ótima oportunidade para resgatarmos o nosso eu. O
nosso amor próprio.
Invista
em você, nos seus estudos, no seu corpo e na sua mente. Fortaleça-se para esta
nova etapa de sua vida e esteja atenta para que a traição não vire rotina e que
a infelicidade seja uma constante.
Espero
que esta carta às possa ajudar!
Com
carinho,
Luciene
Linhares 30 de Julho de 2016
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