terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Você enxerga bem?






Você enxerga bem?

Sabe, há dias em que as ações dos seres humanos me deixam extremamente triste e desiludida, pois é só ligar a tv ou mesmo o computador para ser bombardeada com as atrocidades que praticam.
É tanta coisa ruim, tanta falta de caráter, tanta desonestidade que chega a desiludir mesmo. Há também o mais cruel dos crimes que é o mal praticado aos incapazes, pessoas que por pura maldade ferem, abandonam e até mesmo matam animais completamente indefesos.
Não dá pra entender como são capazes de fazer o que fazem com o seu melhor amigo, seu cão, seu gato e até seus filhos...
As festas de fim de ano são palco para muito abandono. As estatísticas mostram que muitos animais são abandonados nesta época do ano, pois seus donos irresponsáveis e cruéis os descartam como um lixo numa esquina qualquer.
Mas, a vida de vez em quando também é fábula e nela encontramos pessoas que mais parece bondosas fadas, trazendo em cada gesto, por mais simples que seja, uma chama de luz que aquece os corações.
Neste finalzinho de ano, tive o privilégio de conhecer uma delas (por enquanto, só a conheço por telefone), D. Leda é uma daquelas pessoas que cativa pelos atos, não por palavras como a maioria dos hipócritas de plantão.
Ela é especial por possuir uma visão extraordinária, ela enxerga com o coração, ela consegue ver além do que os olhos comuns veem. Ela viu na cadelinha abandonada um ser belo e repleto de amor, e sua visão tornou a história de “Sarinha” um lindo conto de fadas canina.
Quantos de nós enxergaríamos na cadelinha um anjo a procura de ajuda?
Quantos de nós adiaria seus afazeres para prestar socorro a uma cadelinha sarnenta?
Quantos de nós teria o amor e a dedicação que ela teve com a cadelinha, cuidando, alimentando e tratando dia a dia?
Acredito que exista poucas com esta visão e disponibilidade.
Poucos veriam na lama a jóia que é a cadelinha.
Poucos possuem amor suficiente para enxergar com o coração.
Quando vi as fotos da cadelinha, renovei minha fé nos homens e no amor, pois confesso que eu não teria visto o que D. Leda viu...

Luciene Linhares (Conversa de Passarinho)
31 de Dezembro de 2013

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

A três é sempre ruim





A três sempre é ruim

Uma amiga veio me visitar e falou que estava “namorando” um cara casado. Falou que ele era super atencioso, romântico e dedicado. E que falava muito mal da esposa “aquela ingrata” que não reconhece o esforço dele no trabalho para manter as despesas da casa.
O “pseudo namorado” (pseudo, porque um babaca casado, já tem um compromisso assumido com a traída esposa, por este motivo não assume um compromisso de namoro com ninguém, afinal ele só quer passar um tempo se divertindo) da minha amiga era só lamúrias ao lado dela, dizia que a esposa só tinha tempo para “lamber a casa” mantendo-a limpa o tempo todo e que não se dava ao luxo de ficar ao seu lado, deixando-o carente.
E eu lá, com cara de por favor alguém me abduza! Pois, como diria a minha sábia e amada avó, “Tem coisas que agente só escuta porque tem ouvido mesmo!”
É nessas horas que eu me pergunto, onde fica o bom senso da minha amiga?...
Relacionamento com homem casado é brincar com uma granada, uma hora a bomba estoura na sua mão e te fere profundamente. É como jogar um jogo tendo a certeza de que você nunca vai ganhar. É jogar apenas pela diversão de perder o pouco que ainda sobrou de dignidade.
Após uma hora de ladainha de como eram perfeitos juntos, minha amiga deu uma pausa no monólogo e perguntou o que eu achava.
Respirei... E falei que, era simplesmente de uma burrice sem tamanho ela se deixar enganar por um mentiroso assim.
Homem nenhum vai dizer que a mulher é maravilhosa quando estiver com a amante, ele sempre vai se fazer de coitadinho e sempre vai dizer que só é feliz ao lado da amante. Isto é mais do que óbvio!
E tem mais, a maioria das amantes são a diversão para o tédio que todo relacionamento duradouro possui. Na hora da verdade, eles simplesmente as descartam como o velho papel higiênico usado, sem remorso algum.
Mas, em raríssimos casos, quando o homem resolve tentar a sorte com a amante, ela vai ser ainda mais infeliz, pois ela apenas assumirá o lugar da esposa (com todos os acessórios de fábrica, ou seja, ela será a bruxa má que mudou após o compromisso assumido) e logo, logo terá outra para assumir o antigo posto que era dela (o de amante).
Não é a toa que chamam de triângulo amoroso, porque se parar para analisar a figura geométrica do triângulo verá que há dois pontos na base, e um no ápice, adivinha quem sempre ficará por cima?
Em resumo, ser amante é se conformar com o pouco do nada que existe na mentira. É estar sempre sozinha, vivendo uma solidão acompanhada. É não poder contar com o parceiro, pois ele só existe na sua imaginação ou no quarto de motel.
Não há mãos dadas nas praças. Não há encontros com amigos íntimos (pois, os verdadeiros amigos nunca aprovarão este tipo de relacionamento), não há reuniões com parentes. Não há sonhos e metas em conjunto. Não há um parceiro confidente, pois suas necessidades de colo e carência precisam se adaptar a rotina do casal, esperando sorrateiramente por uma brecha para acontecer.
É viver na sombra, a espera de uma migalha de tempo.

Conversa de Passarinho
31 de Dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Quando o meu melhor não é o melhor para você


 
 
 


 
Quando o meu melhor não é o melhor para você

É bem legal o trabalho realizado por várias pessoas em prol dos necessitados (sejam eles animais irracionais ou racionais), gente que para tudo para dar aquela forcinha, gente que abre mão de al...guns "luxos" para dividir o que tem com quem não tem.
Até aí tudo bacaninha!
Mas, algumas pessoas que fazem estes tipos de trabalhos parecem ter a necessidade de expor o que faz, ou pior ainda, quando criticam ferozmente quem não faz.
Fazer o bem é maravilhoso, traz benefícios fabulosos para o espírito de quem o pratica, mas ninguém é obrigado a fazer. Isto tem que vir da pessoa.
E fazer o bem em contrapartida com o mal de julgar o outro por não ter feito o que você fez, não é ser bom, é ser mesquinho e medíocre.
Estava vendo um pedido de ajuda para encontrar uma família para três gatos de raça, muita gente se habilitando para adotar, e mais gente ainda para criticar os interessados pela adoção.
Utilizando como argumento que os interessados só estavam dispostos a adotar porque os gatos eram de raça e que se fossem SRD (Sem Raça Definida=viralatinhas) ninguém se habilitaria para a adoção.
Daí eu me pergunto, qual é o propósito da ação afinal...?
Encontrar uma família para os bichanos que os acolha com amor e carinho?
Ou selecionar um adotante que já tenha inúmeros pré-requisitos que o qualifique como uma pessoa desinteressada de status pela raça do bichano?
Gente... Vamos usar o bom senso de vez em quando!
Concordo plenamente que deva haver uma verificação e acompanhamento em qualquer adoção, mas ninguém tem o direito de julgar o outro.
A adoção é um ato de amor! Tem que vir da pessoa! Não deve ser uma obrigação, NUNCA!
Eu tenho 3 gatos SRD frutos de adoção. Amo meus bichanos, mas tenho desejo de comprar dois animais de raça, pela beleza e admiração.
Pretendo comprar uma cachorrinha da raça Golden retrieve e um gato da raça Maine coon, mas isto não me faz melhor ou pior do que ninguém.
E muito menos, o direito de que alguém pobre de espírito venha a me julgar.
Acordem!
Parem de julgar o próximo porque ele não está seguindo sua "bula" de vida perfeita!
Cada pessoa dá o seu melhor, se o melhor do seu amigo não é o suficiente pra você, talvez seja porque você não está dando o seu melhor como ser humano, compreendendo a beleza de viver no constante aprendizado.

Luciene Linhares ( Conversa de Passarinho)

sábado, 14 de dezembro de 2013

Casar ou não casar, eis a questão!...








Casar ou não casar, eis a questão!...

Desde que desenvolvi a capacidade de observação e raciocínio sou contra o casamento. Mas pensando bem, o problema não está no casamento, mas nas pessoas que a ele se submetem sem a maturidade e comprometimento que o mesmo exige.
Hoje eu vejo que o problema não é o casamento, mas casar com alguém que permanece solteiro (livre) de corpo e alma. O casamento em que uma única pessoa assume o compromisso da caminhada é solitário, vazio e infeliz.
Casar, vai muito além de festinha bacana pra juntar amigos e (pseudo amigos), vai além da lua de mel dos sonhos e de toda aquela brincadeirinha de casinha, que muitos acham que vão encontrar.
Isto sem falar na atitude geralmente utilizada (na sua grande maioria pelos homens) de manter o mesmo padrão de vida que possuía antes. Não dá pra casar e ficar de conversinhas com amiguinhos (as) as escondidas. Nenhum parceiro irá ficar feliz em dividir o tempo e a atenção com estes relacionamentos paralelos.
Um pouco de vergonha na cara de vez em quando faz um bem danado, pode experimentar, viu?!
A propósito, eu citei acima a palavra “parceiro”, pois bem, o casamento traz consigo um parceiro! Alguém para caminhar lado a lado contigo, te auxiliando na caminhada que é a vida, lembre-se, uma companhia é de muita serventia na jornada, pois além de longa, ela é difícil de ser seguida, então reconheça seu parceiro como um companheiro, alguém que merece seu respeito acima de tudo.
E só pra frisar, seu cônjuge é seu parceiro na caminhada, não é seu oponente, para que você queira passa-lo para trás o tempo todo.
Casando você vai perder as “amizades = possibilidades ficantes”, as farras com os amigos, e toda liberdade que só a vida de solteiro oferece.
 Mas afinal, o que você vai ganhar com isto?
Você vai ganhar um parceiro, alguém que vai orar por você, mesmo quando você não merecer. Você vai ganhar o carinho e o aconchego que só quem realmente gosta pode oferecer.
Conversa de Passarinho
14 de Dezembro de 2013

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Viver sem problemas





Viver sem problemas

Sem querer ouvi uma conversa de um senhor no ônibus, ele falava para uma senhora que estava ao lado, dizendo que o médico falou que ele não podia ter aborrecimentos ou alegrias, pois seu coração acelerava demais e com isto ele poderia morrer de um infarto.
O ônibus seguiu seu o percurso e com ele os meus pensamentos. Como pode alguém viver sem emoção? Não há vida sem emoção!
Agente se aborrece diariamente por inúmeros motivos que nos fogem ao controle, é um ônibus lotado, (um idiota que resolve compartilhar obrigatoriamente o seu “desgosto” musical, se é que se pode chamar um barulho nomeado de funk de música), é os filhos que aporrinham a paciência com brigas e pedidos de compras intermináveis, é a fila do banco, um parente amargo que resolve opinar sobre tudo e todos...
Mas, graças a Deus a vida não é feita apenas de dissabores! Temos também as pequenas alegrias, que por serem pequenas e simples, são tão encantadoras!
Um motorista de ônibus educado que sabe ver no outro algo além de um objeto que ele carrega todos os dias, (tem uns motoristas super bacanas que se importam com os idosos, que esperam eles se acomodarem, que verificam a condição da descida do mesmo), um “Eu te amo mamãe!” (naqueles dias que você está toda descabelada e sem ânimo e que nem você consegue se amar), uma conversa agradável com alguém que eleva no lugar de derrubar, um agrado pelo de quem agente não esperava e porque não, encontrar aquela nota graúda, no bolso de uma bolsa esquecida no momento que você mais precisa?
São um punhado de emoções simples, mas concretas.
São elas que fazem a vida valer a pena. Não há vida sem emoção, boas ou ruins elas fazem parte do nosso viver. O senhor do ônibus deve saber disto, pois vivia a alegria de está vivo, correndo os riscos e com isto as emoções.
Conversa de Passarinho
03 de Novembro de 2013