Sonata do desinteresse
Ei,
psiu!
Cá
estou eu com minhas ladainhas de relacionamento de novo! Mas, que culpa eu
tenho se nasci com a possibilidade de ouvir! Hehe
Brincadeiras
a parte, lá vamos nós...
Vamos
falar de relacionamentos, pois a vida me proporcionou várias perspectivas sobre
este mesmo assunto, até brinco com as minhas amigas, dizendo que vou cursar
psicanalise para poder cobrar pelo serviço de análise na mesa de minha cozinha,
onde sempre paramos para tomar o café da tarde e queimar a “macharada”!
Novamente
o assunto é RECIPROCIDADE!
Obviamente
que por sermos seres tão distintos, possuímos características e atitudes também
distintas.
Não
vibramos e nem sentimos na mesma frequência que o outro, então, nada mais
natural do que esta divergência se estender também para os relacionamentos amorosos.
A
pessoa que está ao seu lado nem sempre responderá as investidas amorosas que
você tão calorosamente dedicou para ela.
Isso
a princípio cria uma pequena ranhura no sentimento de quem se dedicou e à
medida que o tempo passa e o descompasso marca o compasso da relação, o que era
ranhura, vira abismo. Ferida aberta, profunda e dolorida.
O
tempo continua passando e como todos nós sabemos, marcando o compasso de nossos
dias, sem parar sequer um segundo para que o outro entre no ritmo de nossos
sentimentos. Ao final da sinfonia, a página é virada e assim, uma nova canção
se inicia.
E
é exatamente neste momento que você deve observar se a reciprocidade marca o
compasso de sua relação, pois é detalhe que define o sucesso ou o fracasso de
qualquer relação. Você jamais encontrará alguém que responda aos seus estímulos
de forma sincronizada, isso não é novidade, mas, se você está ao lado de alguém
que não dá a mínima para o que você tem pra dizer. Alguém que fica online por
anos luz no whatsapp, mas sequer, se dá ao trabalho de te dar um “Oi”. Alguém
que não se preocupa em perguntar como você está se sentindo, ou mesmo, como foi
o seu dia. Alguém que só lembra que você existe quando a necessidade aperta, o
desejo aparece ou a conveniência obriga...
Pule
fora! Vire a página! Reescreva outra música para a sua vida. Por que ninguém
precisa passar a vida inteira ouvindo o desafino de desculpas esfarrapadas.
Não
existe falta de tempo ou de oportunidade, para quem realmente quer fazer parceria.
O que existe é teatro de máscaras escondendo falta de vontade.
Luciene
Linhares
12
de Setembro de 2016