Eu preciso dizer o que sinto e não sinto muito
se isto te incomoda
Quando
postei o texto com o título “A
Fabíola que há em todos nós”, alguns amigos queridos me ligaram e
enviaram mensagens para mim, todos pediam que eu retirasse o texto do ar,
pediam para que eu revisse minhas palavras, pois o texto era “muito
comprometedor”. Meus amigos alegavam que as pessoas podiam pensar que eu estava
defendendo a “Fabíola traidora” por trair também.
O que eles e talvez muitos outros que leram
aquele texto não tenham pensado é que eu estou cansada de ver o erro e ficar
calada. Estou cansada de ver tanta hipocrisia e falsidade sem nada fazer.
(Fabíola errou quando traiu o marido, mas isto não dá o direito de todos a
apedrejarem nas redes sociais, essa arena de leões virtuais).
A maturidade está chegando pra mim e com ela a
falta de paciência para engolir sapos, eu preciso dizer o que sinto e não sinto
muito se isto incomoda.
Coincidentemente é a segunda vez nos últimos
dias que minhas palavras não agradam ao ponto de que eu receba pedidos para
retirá-las.
Não retiro palavras, ainda mais dos meus
textos. Elas são parte de mim, possuem os meus valores, os meus pensamentos, os
meus sentimentos. Elas são o meu Eu por escrito.
No outro episódio que escrevi algo que não
agradou, o caso se deu devido um professor arrogante ter me exposto ao ridículo
em sala de aula se aproveitando de sua posição. Ele teceu comentários sobre o
conteúdo do meu trabalho acadêmico de forma a me ridicularizar em sala e dois
dias depois tornou a comentar o mesmo erro me expondo novamente ao ridículo. Obviamente
que não gostei, mas em nome da educação que meus pais me deram, calei-me em
sala e numa conversa privada por mensagens no Facebook eu falei que não tinha
gostado, que a conduta dele foi medíocre e antiética e que eu exigia que da
próxima vez ele me corrigisse minhas atividades de forma ética e acadêmica, sem
me expor.
Sabe o que aconteceu depois que mandei a
mensagem?
O professor se sentiu ofendido e “gentilmente”
me mandou retirar o que eu tinha dito para ele.
Como NÃO retirei, ele tentou me “amedrontar” dizendo
que levaria a conversa para a coordenação do curso.
Parecia uma piada de mal gosto! Eu realmente
não queria acreditar que ele tinha usado isso, porque eu não era criança para
que ele pudesse achar que a coordenação fosse motivo para me intimidar. Mas, lá
fomos nós para a coordenação...
Chegando lá, aconteceu o esperado: “O professor
não quis ofender, você deve ter se enganado com a forma como ele falou”. E
ainda tive que ouvir da coordenadora que: “você é a única aluna que fala mal
dele na instituição. Todos os outros alunos o consideram o melhor professor
daqui”.
O que não é verdade! Todos os alunos da
instituição o TEMEM! O que é bem diferente de respeito e admiração. Pelos
corredores o que mais ouvimos falar é que este professor adora expor os alunos
em sala de aula. Ele até tem conhecimento técnico sobre os assuntos acadêmicos,
mas no trato pessoal ele é um BOSTA! Um grosseiro!
Ficou a minha palavra contra a dele. Lógico que
não deu em nada pra ele, mas pra mim... Fui massacrada em todas as demais
atividades que fiz com ele. Todas as minhas notas foram baixas, até nas
atividades “subjetivas” ele achava um jeito de me ferrar. No final do semestre,
todos os alunos da turma passaram por média (EXCETO EU)! Fui pra final da
disciplina dele, exclusivamente na disciplina dele. Ele deu pontos para todas
as pessoas passarem, mas deu um jeitinho de me deixar na final. A final foi
pesada, com questões abertas, mas EU PASSEI (por esforço e méritos
exclusivamente, meus!)
As pessoas temem pagar por suas palavras, mesmo
quando delas dependem uma condição de vida mais digna. E assim a impunidade e o
medo apagam parte da história de vida de tanta gente.
Nada apaga ou paga a satisfação de seguir o
coração no caminho certo.
A propósito, não retiro nenhuma das palavras
acima!
Luciene Linhares
18 de Dezembro de 2015
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