segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

CUIDE DO SEU AMOR, SEJA COMO FOR




CUIDE DO SEU AMOR, SEJA COMO FOR

A forma mais fácil de perder alguém é acreditar que a possui.
Quando você acredita que “possui” aquela pessoa, você passa a deixa-la de lado, porque afinal você não precisa se esforçar nem um pouquinho para conquistar o que já é “seu”, não é mesmo?
Porque você gastaria seu precioso tempo com a “sua” pessoa, podendo usar ele para tantas outras coisas que você gosta de fazer, ou mesmo para adquirir novas pessoas e/ou coisas que você ainda não possui?!
A frase mais tola que podemos dizer para alguém é: “Você é minha” ou “Você é meu”, porque no momento que você falar isto para a “sua” pessoa, ela deixará de ser sua, aliás, ela nunca foi sua ou seu. Apenas escolheu estar ao seu lado para partilhar momentos, sejam eles bons ou ruins.
Momentos bons como o tão famoso “Dolce far niente” (a doçura de não fazer nada)! E se “Dolce far niente” for dentro de uma rede onde o maior esforço que se faz é trocar carinhos, beijinhos e o famoso lugar de conchinha, onde a concha maior troca de lugar com a concha menor sempre que se cansa de ficar na mesma posição, o tempo escolhido será sempre o perfeito.
E momentos ruins, em que tudo que viveram começa a sumir, desaparecer, se perder no tempo e no espaço que fica entre as muitas brigas e desilusões. Momentos em que a posse, o achar que possui o outro faz com que se deixe de lado a conquista. Amor exige cuidado diário, por isso poucos são os que conseguem mantê-lo vivo por muito tempo.
Mais uma vez, o tempo... O tempo é responsável por abrir e também por curar feridas, use-o com cuidado! Não seja a pessoa que vai usar o tempo para abrir feridas, mas o que o usará com sabedoria para curar as mais profundas sem ao menos deixar cicatrizes antigas.
Amar realmente tem algo de insano, porque você se pega pensando em como chegou até o lugar onde está agora! E quando você pensa em regressar, a pessoa vem e te lembra daquela velha historinha do casal no barco, onde só a vontade de permanecer junto e o trabalho em equipe é que possibilitará o percurso da jornada.
“No momento não tem vento pra soprar nossa vela. Pode se queixar, pode reclamar, pode brigar, pode até não gostar, mas se realmente me amar, é bom pegar seu remo, se sentar ao meu lado e remar na direção que traçamos juntos. Você rema de um lado e eu do outro, ok?”
O que vocês fariam com um convite desses?
Remariam rumo ao desconhecido?
Ou sairiam do barco e voltariam para a terra firme já tão conhecida?

Luciene Linhares
07 de Janeiro de 2019

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