CUIDE DO SEU AMOR, SEJA
COMO FOR
A
forma mais fácil de perder alguém é acreditar que a possui.
Quando
você acredita que “possui” aquela pessoa, você passa a deixa-la de lado, porque
afinal você não precisa se esforçar nem um pouquinho para conquistar o que já é
“seu”, não é mesmo?
Porque
você gastaria seu precioso tempo com a “sua” pessoa, podendo usar ele para
tantas outras coisas que você gosta de fazer, ou mesmo para adquirir novas
pessoas e/ou coisas que você ainda não possui?!
A
frase mais tola que podemos dizer para alguém é: “Você é minha” ou “Você é
meu”, porque no momento que você falar isto para a “sua” pessoa, ela deixará de
ser sua, aliás, ela nunca foi sua ou seu. Apenas escolheu estar ao seu lado
para partilhar momentos, sejam eles bons ou ruins.
Momentos
bons como o tão famoso “Dolce far niente” (a doçura de não fazer nada)! E se “Dolce
far niente” for dentro de uma rede onde o maior esforço que se faz é trocar
carinhos, beijinhos e o famoso lugar de conchinha, onde a concha maior troca de
lugar com a concha menor sempre que se cansa de ficar na mesma posição, o tempo
escolhido será sempre o perfeito.
E
momentos ruins, em que tudo que viveram começa a sumir, desaparecer, se perder
no tempo e no espaço que fica entre as muitas brigas e desilusões. Momentos em
que a posse, o achar que possui o outro faz com que se deixe de lado a conquista.
Amor exige cuidado diário, por isso poucos são os que conseguem mantê-lo vivo
por muito tempo.
Mais
uma vez, o tempo... O tempo é responsável por abrir e também por curar feridas,
use-o com cuidado! Não seja a pessoa que vai usar o tempo para abrir feridas,
mas o que o usará com sabedoria para curar as mais profundas sem ao menos
deixar cicatrizes antigas.
Amar
realmente tem algo de insano, porque você se pega pensando em como chegou até o
lugar onde está agora! E quando você pensa em regressar, a pessoa vem e te
lembra daquela velha historinha do casal no barco, onde só a vontade de permanecer
junto e o trabalho em equipe é que possibilitará o percurso da jornada.
“No
momento não tem vento pra soprar nossa vela. Pode se queixar, pode reclamar,
pode brigar, pode até não gostar, mas se realmente me amar, é bom pegar seu
remo, se sentar ao meu lado e remar na direção que traçamos juntos. Você rema
de um lado e eu do outro, ok?”
O
que vocês fariam com um convite desses?
Remariam
rumo ao desconhecido?
Ou
sairiam do barco e voltariam para a terra firme já tão conhecida?
Luciene
Linhares
07
de Janeiro de 2019
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