Quando
é amor
Estava
numa loja comprando um presente para meu namorado, quando encontrei um amigo. Conversamos
animadamente sobre diversos assuntos caminhando pela loja, quando escolhi o
presente, ele sorriu e perguntou-me: “Você o ama?”
Eu
demorei a responder, meu amigo sorriu e disse: “Você o ama, demorou pra
responder, quando fazemos isto é porque estamos apaixonados de verdade.”
Eu
demorei pra responder por que a pergunta me fez pensar no meu namorado e no que
eu sentia por ele, nos poucos instantes que fiquei em silencio, eu fiquei
pensando em todos os defeitos que o meu namorado tinha e no quanto ele não se
encaixava na minha vida. Embora ele tivesse alguma coisa que me atraia, havia
uma infinidade de coisas que não me encorajavam a prosseguir.
E
foi esta a resposta que dei para o meu amigo. Ele sorriu e não entendeu muito a
minha ladainha de reclamações sobre o relacionamento, mas a conversa ficou por
aí.
Cinco
dias após este encontro com meu amigo, terminei o namoro.
A
pergunta do meu amigo me fez refletir sobre o que eu estava vivendo, na verdade
no momento que parei para responder se gostava dele ou não, eu tive a certeza
de que não gostava. Primeiro porque ele não se encaixava na minha vida, não me
fazia bem, não fazia valer a pena.
Amor...
É...
Diferente... É espontâneo! É bom! Faz
bem! Temos prazer de dizer que estamos amando, temos vontade de gritar para os
quatro cantos do mundo que estamos amando, o outro é tão presente em nossos
pensamentos, que transborda. Refletimos o que vivemos.
Amor
não se racionaliza-se. Ou você sente, ou não sente. Simples assim.
Conversa de Passarinho
Campina Grande, 13 de Maio de 2013