Who
you are? Quem é você? Ou quem você é?
Ouvindo
a música “Who you are” de Jassie J. me veio a mente a mesma pergunta: “Afinal
quem sou eu?”
Porque
somos pressionados a nos rotular de todas as formas possíveis?
Porque
todos exigem que tomemos para nós uma armadura de titânio com definições já
programadas quando nossas almas são leves e mutáveis.
Insistem
em definir desde o gosto musical que devemos ouvir em cada fase de nossa vida,
até o momento “certo” para cada fase desta mesma vida que é tão breve?
A
sociedade pré estabeleceu idades padrões para que o ser humano progrida na carreira,
case-se, tenha filhos, cri-os e depois espere a morte chegar.
Mas,
não somos robôs, não seguimos padrões. Pelo menos a grande maioria de nós não
segue. Então, quando fugimos dos padrões, somos questionados, massacrados, apontados
como objetos com defeito!
Perguntas
como as que citarei a seguir são pautas nas reuniões familiares, em que o foco
é depreciar o outro, minar a auto estima.
-
Porque você ainda não casou, você já tem mais de trinta anos, o que há de
errado com você?
-
Não acredito que você vai abandonar a faculdade de medicina pra cursar história?
Já pensou em consultar um psiquiatra, você deve estar com estresse ou algum
outro distúrbio!
-
Você não vai ter filhos? Mas, vocês já estão casados há mais de doze anos, já
está passando do tempo de terem um filho!
-
Vocês decidiram não terem filhos? Mas, quem vai cuidar de vocês na velhice?
(Essa é a minha preferida! Como se ter uma penca de filhos fosse garantia de
que você teria apoio e cuidados adequados na velhice, pois o que mais vemos
hoje em dia são asilos lotados de velhinhos abandonados por seus “filhos amados”.).
As
repostas para todas estas perguntas cabe a cada um de nós e nada, absolutamente
nada, impede que mudemos de ideia e refaçamos nossos caminhos a qualquer
momento.
Mas,
a verdade mesmo, é que estas e tantas outras perguntas que nos fazem tentando
nos enquadrar em padrões, será uma eterna incógnita até para nós, pois nunca
conseguiremos nos definir e responder para os outros e para nós mesmos, quem
somos nós.
E
sabe por quê?
Porque
somos adoravelmente MUTÁVEIS, MOLDÁVEIS E ADAPTÁVEIS.
Somos
seres em eterna EVOLUÇÃO e por isso, e graças a isto, não podemos ou devemos
nos definir com exatidão quem realmente somos, porque ainda estamos em
construção.
Hoje
eu sou esta pessoa que vos fala e neste exato momento está com a cabeça a mil,
com inúmeros sonhos, metas e desejos. Mas, não sei se esta mesma pessoa
acordará amanhã com os mesmos sentimentos. Porque até um simples sonhos durante
a noite de hoje pode modificar o que pensei hoje, modificando assim, tudo que
havia programado até agora.
Assim
como uma simples palavra também poderá ser lançada em minha mente e germinar
ideias e sentimentos totalmente diferentes dos que florescem agora.
No
fundo a mudança é uma dádiva, principalmente para quem não vive um bom momento,
pois traz com ela o conforto de que isto é passageiro e que logo, logo tudo vai
passar e amanhã será um novo dia cheio de oportunidades.
A
pessoa triste e desanimada de hoje, guarda em seu coração as sementes de dias
melhores e elas germinarão, mesmo contra a vontade daqueles que acreditam que
rótulos fazem pessoas serem melhores do que são.
E
viva o amanhã, com seu convite a mudanças e novas oportunidades!
Não
se enquadre, seja a obra de arte viva e vibrante que o universo te programou
pra ser. Não importa a sua idade, viva o que sente ser!
Abraços
fraternos,
Luciene
Linhares
08
de Maio de 2017
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