segunda-feira, 8 de maio de 2017

Who you are? Quem é você? Ou quem você é?




Who you are? Quem é você? Ou quem você é?


Ouvindo a música “Who you are” de Jassie J. me veio a mente a mesma pergunta: “Afinal quem sou eu?”
Porque somos pressionados a nos rotular de todas as formas possíveis?
Porque todos exigem que tomemos para nós uma armadura de titânio com definições já programadas quando nossas almas são leves e mutáveis.
Insistem em definir desde o gosto musical que devemos ouvir em cada fase de nossa vida, até o momento “certo” para cada fase desta mesma vida que é tão breve?
A sociedade pré estabeleceu idades padrões para que o ser humano progrida na carreira, case-se, tenha filhos, cri-os e depois espere a morte chegar.
Mas, não somos robôs, não seguimos padrões. Pelo menos a grande maioria de nós não segue. Então, quando fugimos dos padrões, somos questionados, massacrados, apontados como objetos com defeito!
Perguntas como as que citarei a seguir são pautas nas reuniões familiares, em que o foco é depreciar o outro, minar a auto estima.
- Porque você ainda não casou, você já tem mais de trinta anos, o que há de errado com você?
- Não acredito que você vai abandonar a faculdade de medicina pra cursar história? Já pensou em consultar um psiquiatra, você deve estar com estresse ou algum outro distúrbio!
- Você não vai ter filhos? Mas, vocês já estão casados há mais de doze anos, já está passando do tempo de terem um filho!
- Vocês decidiram não terem filhos? Mas, quem vai cuidar de vocês na velhice? (Essa é a minha preferida! Como se ter uma penca de filhos fosse garantia de que você teria apoio e cuidados adequados na velhice, pois o que mais vemos hoje em dia são asilos lotados de velhinhos abandonados por seus “filhos amados”.).
As repostas para todas estas perguntas cabe a cada um de nós e nada, absolutamente nada, impede que mudemos de ideia e refaçamos nossos caminhos a qualquer momento.
Mas, a verdade mesmo, é que estas e tantas outras perguntas que nos fazem tentando nos enquadrar em padrões, será uma eterna incógnita até para nós, pois nunca conseguiremos nos definir e responder para os outros e para nós mesmos, quem somos nós.
E sabe por quê?
Porque somos adoravelmente MUTÁVEIS, MOLDÁVEIS E ADAPTÁVEIS.
Somos seres em eterna EVOLUÇÃO e por isso, e graças a isto, não podemos ou devemos nos definir com exatidão quem realmente somos, porque ainda estamos em construção.
Hoje eu sou esta pessoa que vos fala e neste exato momento está com a cabeça a mil, com inúmeros sonhos, metas e desejos. Mas, não sei se esta mesma pessoa acordará amanhã com os mesmos sentimentos. Porque até um simples sonhos durante a noite de hoje pode modificar o que pensei hoje, modificando assim, tudo que havia programado até agora.
Assim como uma simples palavra também poderá ser lançada em minha mente e germinar ideias e sentimentos totalmente diferentes dos que florescem agora.
No fundo a mudança é uma dádiva, principalmente para quem não vive um bom momento, pois traz com ela o conforto de que isto é passageiro e que logo, logo tudo vai passar e amanhã será um novo dia cheio de oportunidades.
A pessoa triste e desanimada de hoje, guarda em seu coração as sementes de dias melhores e elas germinarão, mesmo contra a vontade daqueles que acreditam que rótulos fazem pessoas serem melhores do que são.
E viva o amanhã, com seu convite a mudanças e novas oportunidades!
Não se enquadre, seja a obra de arte viva e vibrante que o universo te programou pra ser. Não importa a sua idade, viva o que sente ser!

Abraços fraternos,
Luciene Linhares

08 de Maio de 2017

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