quarta-feira, 23 de maio de 2018

Apenas o essencial




Apenas o essencial

Enxergar o que realmente precisamos para a nossa vida é muito difícil, batalhar para ter isto, é ainda mais difícil, porém, extremamente necessário.
Quantos de vocês já ouviram de alguém frases do tipo:
“Eu amo outra pessoa, mas vou casar com meu noivo porque há muitas coisas envolvidas nessa relação, todos esperam que casemos.”
“Eu não posso sair desse casamento porque há muitas coisas envolvidas, as pessoas nunca iriam entender e ainda iriam me culpar pelo fracasso do relacionamento.”
“Eu não posso sair desse emprego porque há muita coisa envolvida, eu preciso dele para sobreviver.”
“Eu não posso abandonar este curso ou carreira, porque toda a minha família conta comigo para dar continuidade a empresa.”
“Eu não posso mudar de rumo, porque eu investi muito tempo e dinheiro nisso e todos me veriam como um fracassado.”
Com certeza todos já ouviram algo parecido de um amigo, parente ou mesmo desconhecido numa fila de banco.
Alguns de vocês, assim como eu, enfrentam este tipo de questionamento neste exato momento.
O que a maioria de nós não questiona é:
- O que queremos de verdade para as nossas vidas?
E quando finalmente nos fazemos essa pergunta e conseguimos enxergar a resposta, ela vem sempre recheada de incertezas e convites para pular no abismo do desconhecido. Nesse momento enfrentamos os nosso maior desafio: O MEDO.
Tememos cair antes mesmo de dar o primeiro passo e quando ousamos dar o primeiro passo, buscamos apoio em desculpas esfarrapadas para desistir, usamos o poderoso e tão assustador “poder da aceitação dos outros” para justificar a nossa fraqueza e falta de fé.
É mais fácil dizer que “há muita coisa envolvida”, “as pessoas esperam que eu case”, “ninguém iria entender e ainda iriam me culpar”, “a família conta comigo”, “me enxergarão como um fracassado”, do que dizer em alto e bom som: EU NÃO TENHO CORAGEM DE ARRISCAR A “SEGURA MEDIOCRIDADE” PARA BUSCAR A “INCERTA” FELICIDADE DE SER EU MESMO!
Ou, como todos falam: “Eu não vou arriscar o certo pelo duvidoso”. E assim, caminhamos pela vida levando o peso das escolhas cômodas. Como águias presas em gaiolas de ouro, nosso espírito definha na prisão a qual, nós mesmos escolhemos entrar por medo de alçar o voou libertador de enxergar o essencial.

Luciene Linhares
23 de Maio de 2018


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