terça-feira, 25 de setembro de 2018

Não se compare




Não se compare


O simples ato de comparar já traz perda, pois no momento em que dedicamos tempo para analisar o outro, seja de forma pejorativa ou favorável, estamos no colocando num lugar que não nos é devido, o de juiz.
Isso sem falar no reflexo que as nossas conclusões trarão.
Ontem uma amiga ligou dizendo que não iria para um passeio, porque a pessoa que a acompanhava estava “muito bem vestida” e ela estava se sentindo inferior e infeliz. Não cabe a mim julgar os sentimentos dessa amiga, mas procurar entender, afinal, quem um dia não se sentiu assim, meio fora do contexto, devido a diferença de padrão social?
Quem já passou pela experiência de ser olhado de forma “atravessada” porque não se enquadrava nos “padrões”?
Nos últimos anos muita coisa mudou, mas ainda há muito preconceito e hipocrisia regendo as relações. E por mais que tentemos combater este mal, vez ou outra, nos pegamos alimentando essa fera terrível que é o preconceito. Nos diminuímos para caber em mundos pequenos!  
No momento em que paramos para fazer comparações, estamos nos diminuindo. Estamos diminuindo nossa capacidade de compreensão de valores e inteligência, pois somos criaturas ÚNICAS, e como tal, possuímos nosso próprio valor! Não somos melhores do ninguém!
Não é uma roupa ou um título que nos fará melhor ou pior do que ninguém.
 Não é a cor da pele, a marca da roupa ou a orientação sexual que fará uma pessoa melhor ou pior.
Todas essas bobagens que nos fazem querer ser “melhor” do que o outro, nos afasta de sermos quem deveríamos ser de verdade.
Eu sei que falar é fácil, e que haverá situações em que cairemos no erro da comparação, situações em que não teremos força para enxergar a beleza que há em nós, mas sei também que estes momentos de cegueira são passageiros e que no momento certo, abriremos os olhos para o que realmente importa.
Luciene Linhares
25 de Setembro de 2018 

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