Prefiro
um “se der certo...” do que “eu juro que...”
Me
perdoem os românticos e religiosos de plantão, mas aquela velha promessa feita
na hora do sim é simplesmente utópica!
““Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?”
Fala sério!... Seria bem mais honesto e real se
fosse substituído por: “Você aceita esta pessoa com seus defeitos e virtudes
até o dia em que achar conveniente?” porque é isto o que acontece na prática.
Não somos donos sequer do minuto seguinte, quanto mais do amanhã. Então como poderemos
prometer amar e respeitar uma pessoa até que a morte nos separe?
A convivência é algo extremamente difícil, nós somos
difíceis. Temos nossos defeitos e virtudes, e pra piorar a situação, somos mutáveis.
A vida não é uma equação matemática onde 2+2 serão sempre 4.
O cara atencioso, romântico e fiel que você conheceu
hoje, dificilmente permanecerá assim depois que a rotina e as contas do mês
chegarem. Ainda mais se ele tiver aquela colega de trabalho gostosa que curte
um lance livre, aí o risco dele “mudar” o comportamento será ampliado.
A vida tem me mostrado que o “pra sempre, sempre
acaba MESMO”!
Daí, você deve tá se perguntando assim como eu já
fiz um dia: “Mas, afinal o que fica quando o “pra sempre” acaba?
Bem, por tudo que já vi e vivi nestes anos de
experiências momentâneas de “pra sempre” é que além de acabar, ele leva consigo
nossa fé nas coisas que nos ensinaram sobre relacionamentos, porque somos
treinados a acreditar que eles realmente vão durar até que a morte nos separe.
E deixam como saldo uma dor sufocante, uma sensação de frustação e fracasso
devastador.
Nos pegamos num misto de incredulidade e culpa sem
precedentes, afinal, o fim de um relacionamento traz sempre esta sensação de
que em algum ponto fracassamos, visto que esperávamos que durasse.
Mas, aí está toda a problemática da história! Temos que
entender que não fracassamos, apenas durou o tempo que tinha que durar e ponto
final.
Relacionamentos possuem prazo de validade e este
prazo está exclusivamente ligado as atitudes dos envolvidos, não é uma promessa
boba que o fará durar até a morte os separe, mas a conduta e o interesse existente
na relação.
Relacionamentos são vias de mãos dupla, não adianta
você fazer a sua parte se o outro não tem interesse em fazer a parte dele, uma
hora a promessa será quebrada, junto com o seu coração. E você terá que
recolher os pedaços e seguir em frente.
E a vida vai seguir e outra promessa pode surgir em
sua frente, cabe a você decidir até quando acreditará que ela será para “sempre?”.
Eu
sou completamente avessa a promessas e juras, para mim isto é a forma mais
grotesca de manipulação. Prefiro um “se der certo...” do que “eu juro que...”.
Aprendi com a dor que o melhor é não esperar o melhor, mas apenas viver cada
momento com tudo que ele tem a oferecer. Isto também não quer dizer que eu
espero o pior o tempo todo, seria loucura, mas apenas que, procuro não nutrir
expectativas mirabolantes.
A
dor de uma promessa quebrada é diretamente proporcional a credibilidade que
você deposita nela. Então, amigos... Menos promessas e mais ação!
Luciene
Linhares
08
de Agosto de 2014