domingo, 10 de janeiro de 2016

O poder (PODRE) da religião


O poder (PODRE) da religião

Quando engravidei pela primeira vez eu fiquei na neura de ensinar religião para a minha filha. Logo eu que já havia passado por diversas religiões, que já tinha estudado diversos conceitos, dogmas e valores religiosos, me via agora na obrigação de conduzir outro ser para andar nos caminhos de Deus.
Sempre tive receio de ensinar ou induzir quem quer que fosse a religião que eu seguia, pois tinha a certeza de que a verdade era algo que nenhum ser humano a possui por completo e eu não tinha intenção de levar ninguém ao erro. Preferia acreditar que o coração de cada um era uma bússola que conduziria a Deus.
Mas, agora tudo era diferente! Minha filha nasceria em poucos meses e eu precisava incorporá-la em algum segmento religioso, para que tivesse a conhecesse a Deus. Em contrapartida tenho que admitir que via na religião uma forma de manipulá-la para o seu próprio bem, visto que algumas dessas religiões mantém um padrão comportamental mais educativo e rígido (esse já era o meu lado super protetora entrando em ação, pois eu queria o melhor para a minha filha e achava que enfiando ela numa igreja, iria mantê-la longe de alguns males).
Comecei a frequentar uma igreja evangélica pertinho de minha casa, fui para algumas reuniões e tudo ia caminhando muito bem, até que uma certa noite a esposa do pastor faltou ao culto e após o termino do culto, quando questionado o pastor afirmou que a amada esposa estava doente e que por isto não tinha vindo a benção do culto. Todos ficaram sensibilizados pelo ocorrido e desejaram melhoras para a esposa.
No outro dia eu encontrei a cunhada do pastor com um olho roxo e como éramos amigas, eu perguntei o que havia acontecido e para meu espanto ela falou que tinha sido agredida pelo pastor ao tentar defender sua irmã de uma surra.
O hipócrita que falava sobre o amor de Deus era o mesmo que surrava sua “amada esposa” e a pobre cunhada que tentou defende-la!
Nunca mais fui nesta igreja!
E percebi que eu não precisava estar ali para apresentar Deus para as minhas filhas, pois Ele é onipresente, sendo assim posso muito bem leva-las para visitar os necessitados, os enfermos e a natureza, pois em todos estes lugares, ela poderá ver Deus.
E foi assim que fiz!
Apresento Deus em cada criatura, em cada obra sua nesta terra e tem dado certo. Elas conhecem e respeitam a Deus através de sua obra. Elas têm aprendido dia a dia que não é a religião que faz o caráter, mas o respeito que se tem por tudo e por todos.
As palavras possuem poder, mas palavras sem atitude, são apenas palavras...
Não é o que você diz que fala sobre você, mas o que você faz diz quem você é.
Luciene Linhares
06 de Janeiro de 2016




Nenhum comentário:

Postar um comentário