Quem
se apega a “pegada”
Escolhas
não são fáceis, todas elas trazem perdas e ganhos. A questão é: o que vai ser
perdido e o que se ganhará em troca!
Há
algum tempo atrás uma amiga estava apreensiva sobre um novo relacionamento, ela
já tinha vivido algumas experiências e como acontece com todo mundo, tinha suas
cicatrizes e suas saudades.
Ela,
assim como todos nós, meros mortais, criamos um perfil mental do que
acreditamos ser a perfeição num relacionamento, magro, gordo, alto, baixo, com
barba, sem barba, com pegada, sem pegada, sério, brincalhão, sedutor, chato,
rico, pobre (acredite, ainda existe mulheres que buscam um cara legal, não um
cartão de crédito).
Tudo
tem que se encaixar direitinho na nossa mente para que a coisa ande, criamos um
personagem que na grande maioria das vezes se desfaz nas primeiras cenas de
amor não correspondido, afinal, o outro não é obrigado a seguir o nosso roteiro
mental. Nos deparamos com os defeitos que não foram programados pela nossa
paixão cega e isso complica bastante!
Foi
assim que a minha amiga se sentiu quando percebeu que embora seu namorado fosse
um homem gentil, carinhoso, atencioso, companheiro e super fiel (acredite 2,
isso ainda existe na espécie masculina) ele não tinha “a pegada” que ela tanto
queria.
Ela
apenas esqueceu que o namorado anterior tinha a famosa “pegada”, mas no pacote
de “felicidade” estava incluso a total falta de respeito pelos sentimentos
dela, na verdade eu até acho que o cara nem sabia o que significava “ter
sentimentos”! Ele era vazio e insensível, só a procurava quando não tinha mais
nada para fazer e deixava isso bem claro. Atendia ao telefone quando tinha
vontade, não respondia as mensagens, não dizia para onde ia, dava bolo em cima
de bolo, ou seja, ela tinha apenas a “pegada” quando ele não tinha mais quem
pegar.
Atendi
inúmeras ligações dela aos prantos por causa do desprezo que o cara dava,
quando nos encontrávamos, era a mesma ladainha... Sempre falando da falta de
consideração e reciprocidade do pegador. Até sua aparência estava ruim, já não
se cuidava como antes, a tristeza nos transforma.
Nenhuma
pegada substitui a paz que um relacionamento com respeito e reciprocidade traz.
O prazer momentâneo é um ingresso para um abismo de solidão e tristeza. Mas,
tenho certeza de que todos nós sabemos disto, mesmo não querendo admitir...
E
cabe a cada um de nós escolher que tipo de relacionamento deve permanecer em
nossa vida.
Minha
amiga escolheu ser feliz, escolheu abandonar a “pegada” que só pegava a sua
felicidade para destruir. Escolheu um amor tranquilo e reciproco! Coisa linda
de se ver! O que julgamos ser imprescindível, às vezes, nada mais é, do que um
obstáculo para a nossa felicidade. Uma prova que precisamos superar para
alcançar o que almejamos, um amor que valha a pena.
Luciene
Linhares
10
de Janeiro de 2016
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